Com o fim do outono e o início do inverno o número de doenças respiratórias aumenta, devido a mudança do clima. O tempo seco pode contribuir para transmissão de novas doenças, já que é um irritante natural das vias aéreas.
José Otávio Vasques, médico otorrinolaringologista há 34 anos, explica que as doenças que costumam aparecer no tempo seco são as doenças respiratórias. “Nesta época, as doenças mais comuns são as doenças respiratórias: Gripes, resfriados, rinites, sinusites, otites, faringites, amigdalites, laringites, traqueies, bronquites, asma e pneumonia. Isto ocorre porque a defesa do sistema respiratório é feita pelo batimento mucociliar. Ele fica prejudicado em baixas temperaturas e ar seco, o que ocorre agora. Há também o aumento das doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. Isto ocorre porque com o frio pode ocorrer o aumento da pressão arterial e por bebermos menos água, o sangue fica mais concentrado, facilitando a coagulação.”
O otorrinolaringologista também disse que as faixas etárias mais atingidas por essas doenças são as crianças e os idosos. “Crianças e idosos são mais sensíveis, por condição física menos favorável, por doenças associadas e por tomarem menos água.”
Questionado sobre o diagnóstico de doenças respiratórias, o médico explicou que geralmente os quadros são de origem genética e podem ter início em qualquer fase da vida. “Existem vários tipos de rinite e sinusite. A mais comum é a alérgica. Geralmente estes quadros são de origem genética: A pessoa já nasce com a tendência, mas podem ter início em qualquer fase da vida. Com o frio, as rinites podem piorar.”
De acordo com José Otavio, as alterações por conta do tempo seco podem ser prevenidas de várias formas. “O mais recomendado é dormir bem. Consumir alimentos ricos em água como verduras e legumes. Tomar muita água o dia todo. Evitar atividades físicas entre 10h e 16h, quando o ar está mais seco. Usar toalha molhada no ambiente para ficar mais úmido, pode usar balde e bacia com água, mas é menos eficaz. Evitar umidificador, pois umedece demais e pode provocar crescimento de fungos, o que promove alergia. Podemos irrigar nariz e olhos com soro fisiológico e passar hidratante labial também.”
Por último, o profissional enfatizou a diferença entre as doenças respiratórias e outras doenças com sintomas parecidos, como a dengue e a Covid-19. “A dengue não acarreta sintomas respiratórios, como tosse, coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta. Ela apresenta dor de cabeça, febre, dor ocular, dor muscular, dor articular, vômitos, diarreia e prostração. Já a Covid-19 apresenta os mesmos sintomas da dengue, acrescidos de sintomas respiratórios.”
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