O curso normal que virou saudade

Foram mais de cem turmas de professores formados ao longo de mais de um século de existência da tradicional Escola Normal Peixoto Gomide, hoje E.E. Peixoto Gomide, de Itapetininga, uma das primeiras instaladas no Estado de São Paulo, no governo de Bernardino de Campos e graças ao prestígio do Coronel Fernando Prestes de Albuquerque. Atualmente, o curso que notabilizou a Escola, por onde se diplomaram personalidades que se tornaram mestres de primeira categoria, foi desativado em 2004. A Escola que granjeou fama e levou para Itapetininga milhares de alunos provenientes de todos os recantos do Brasil.

Durante sua trajetória, o estabelecimento recebeu visitas das mais importantes do cenário brasileiro, como o compositor Heitor Villa-Lobos, os presidentes Getúlio Vargas, Júlio Prestes e Jânio Quadros e os governadores Ademar de Barros, Lucas Nogueira Garcez, Armando Sales de Oliveira, além de deputados federais, estaduais e senadores. Constituiu-se um referencial do bom ensino a escolas congêneres e, em razão de sua existência, trouxe a Itapetininga o cognome de “Terra das Escolas”. Uma época de brilho para a cidade, segundo comentou o professor Belizandro Barbosa Rezende, ex-diretor do Instituto Peixoto Gomide entre as décadas de 1950 e 1960.

A ESCOLA EXPORTOU BONS PRODUTOS – Instalada em clima considerado de ciúmes por parte dos municípios vizinhos, “porque Itapetininga era terra de gente pobre…”, a Escola Peixoto Gomide representou durante décadas a “indústria que exportou ótimos produtos não só para o Brasil, como para o exterior”. Uma das poucas escolas do gênero em funcionamento na época, seu ensino foi considerado de qualidade indiscutível e de alto valor, atestando o fato a existência de corpo docente do mais elevado conceito. Professores que até hoje são lembrados, estão colocados no “panteão da glória”, como afirmava o professor Irineu Macedo, formado pela célebre escola. Nomes como Péricles Galvão, Graco da Silveira Santos, Antônio Antunes Alves, Elisiário Martins de Mello, Nicanor de Arruda, Mauro de Oliveira, Paulo Rage Zaher, modesto Tavares de Lima, Sérgio Soares, Terezinha Ribeiro, Joaquim e Juliana Fabiano Alves, Abigail Vieira de Moraes, Aparecida Vendramini, Neusa Aboarrage e outros que deram suporte ao estabelecimento que adquiriu conceito em todo Brasil. Em seus bancos se formaram milhares de alunos, alguns seguindo a carreira do Magistério com eficiência e destaque. E, outros trilhando profissões diversas sempre dignificando a velha “Peixoto”, como o renomado cientista da Fiocruz, Akira Homma.

A cidade como lembrava o saudoso Chico Vei, era toda “azul e branco”, o uniforme tradicional das “moçoilas” com sorriso encantador que só podiam se casar após formadas na “Peixoto Gomide”.

A partir de 1960, Itapetininga começava a deixar de receber levas de jovens que vinham das mais distantes localidades do país para frequentar a sua Escola Normal. Até, o nome deixou de existir. Passou a denominar-se Instituto de Educação e depois EEPSG “Peixoto Gomide”.

Com a desativação de seu curso de formação, em 2004, a outrora imponente escola, projetada pelo renomado Ramos de Azevedo, se transforma em memórias e saudades de toda uma cidade e daqueles tiveram o privilégio de se formarem professoras e professores.

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