Dos 251 anos que a nossa querida Itapetininga comemora, 45 anos praticamente deles, presenciei e ainda presencio todo o seu crescimento tanto populacional quanto econômico e territorial. Em 1976 ano que eu nasci, Itapê,(não encontrei os dados oficiais, da época) o número de habitantes não devia ultrapassar os 80 mil habitantes. Segundo o censo realizado em 2021 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a nossa cidade tem atualmente 167.106. mil habitantes. Apesar de muitos problemas que ela ainda enfrenta, muito ainda para há melhora-la, assim como praticamente todas as cidades brasileiras enfrentam, sou um apaixonado pela cidade em que nasci, me criei e que vivo até hoje. Sou caipira sim, e muito bairrista também (fico “fulo” da vida quando pessoas vêm aqui para morar, trabalhar e sobreviver nela, começam a deprecia-la tecer comentários pejorativos e inoportunos, críticas sim, mas insanas e sem fundamentos não!) embora tenha uma espécie de paixão “platônica” por São Paulo e Rio de Janeiro também, sempre que posso vou visita-las. E devido a posição privilegiada que Itapetininga possuí, com fácil acesso a capital paulista, fica mais fácil de frequentá-la.
Minha querida amiga, companheira de jornadas jornalísticas, Carla Monteiro, editora deste Correio de Itapetininga, me sugeriu para escrever nesta edição especial de niver da cidade, um artigo sobre ela, e cá estou. São tantas lembranças boas, doces e outras mais amargas. Mas a vida já está tão indigesta ultimamente, que vamos falar das lembranças mais agradáveis. Itapetininga me remete aos tempos em que brincávamos de bola, carrinho de rolimã, peão, pipa, bolinha de gude, pega pega, mãe de rua, esconde- esconde, entre outras brincadeiras maravilhosas, não existia esta tecnologia hi-tech de hoje, o vídeo game Atari por exemplo surgiu anos depois. Quando nasci meus pais moravam no início da rua Gel Glicério, próximo à praça do Rosário, a Loja Maçônica, no centro, depois em 1980, mudamo-nos para a Vila Rosa, que na época ainda não possuía poucas residências. A casa que ainda meus pais moram fica de frente para a marginal do Chá, vista ali do alto, mas ainda nem existia asfalto e avenidas que interligam as marginais atualmente. Era tudo banhado, ruas de terra e mata, e ali era nossa diversão! Quantas saudades, próximo ao cristo da “descidona” para a Vila Bahrt, existia uma biquinha onde tomávamos uma água deliciosa e fresquinha. Em frente onde hoje é o Center Parque, o terreno possuía uma deformação de solo que formava uma espécie de mini montanha, mas para nós pequeninos era enorme, ela se chamava “Montanha da Coruja”, mais a frente tinha um riozinho onde nos refrescávamos do calor. Ir dar um mergulho na cachoeira da FKB. Ahhhh em Janeiro! Esperávamos ansiosamente para chover para sair e tomar aquela chuva quente de verão.
São “muitassss” as lembranças queridas leitores, que não cabem aqui neste espaço. Mas não tem como não se lembrar das ruas de paralelepípedos que eram escorregadias para as nossas bikes, Caloi Cross, Monark (do filme ET claro kkk) . Das matines no Cine Itapetininga, ou Cine Olana, como preferirem, aí já vem a adolescência com os bailinhos nas casas dos amigos, as domingueiras nas boate Seaculum no clube Venâncio Ayres e depois Nélions. Sim leitores, pegamos o finalzinho do famoso “giro” no largo dos Amores e presenciamos a mudança da vida noturna da praça para a Virgílio de Resende.
Hoje vejo uma Itapetiniga, frenética, pulsante, a todo o vapor, em constante e “fome” de crescimento. Quando era “molecote”, a cidade possuía apenas um edifício, o Barão, anos depois veio o Claudia, na Vila Rosa. Em 2021 não se sabe mais de cabeça quantos prédios temos, condomínios então, nem se fale! Temos uma cidade com inúmeros veículos, novos bairros surgindo, grandes estabelecimentos comerciais sendo construídos, marcas de empresas famosas, inclusive multinacionais vindo para cá, até faculdade de medicina teremos! Falta muita coisa!? Falta!! Mas sempre faltará! Aí que está o “espirito”, sempre devemos buscar por algo, um plus a mais, e assim segue o fluxo… Mas tudo com muita visão, atenção e principalmente planejamento, para nossa queria terra da “laje enxuta e terra serra seca” não se torne uma “terra de ninguém”
Parabéns querida Itapê. Amemos e Cuidemos dela sempre, sempre…..