A cidade se transforma no lazer

Depois de ano e meio recluso em casa devido a pandemia (saia só para ir ao banco receber os salários de funcionário publico estadual, congelados pelo governo estadual (PSDB) há seis anos e também em clinicas medicas). Num destes domingos fui levado por uma querida amiga a um passeio pela cidade. Já tinha saído antes também levado pelo sobrinho Fábio a lugares que não via há muito tempo. O venerado cronista Alberto Isaac, deste jornal já tinha me dito, que Itapetininga estava ficando outra.
Dito e feito depois de muitos anos fui até o Shopping. Lotado, com novas lanchonetes, lojas elegantes, parecendo véspera de Natal. Na praça Peixoto Gomide onde as três escolas dominam o espaço, surgiram novos estabelecimentos gastronômicos, prédios em construção para escritórios, farmácias e lojas. No largo da Santa Casa, restaurantes e casas noturnas. Também próximo à estação rodoviária, lugares sofisticados e ouvir musicas geralmente “pop” (eletrônicas). Para o lado do Clube dos Bancários, onde haviam só residências agora com lojas, sorveterias, uma enorme cervejaria com salas para comemorações. Apesar da (terrível) crise econômica causada pelo atual Governo Federal de plantão, os cidadãos itapetininganos já estão, aos poucos (e ainda usando as salvadoras máscaras) saindo de suas casas para voltar a uma vida quase normal. As pessoas, geralmente as mais idosas estão ainda “empoeiradas” depois de tanto tempo presas. Isto, em termos de lazer. Já não há mais hoje, um ponto central de convivência como antes. Os focos, estão em muitos lugares. Bem diferente de outros tempos (muito tempo), principalmente nas décadas de 1940 e 1950, quando o Largo dos Amores era o “coração” da cidade (termo muito utilizado, até banal, mas ainda útil) com seus giros em círculos, em quatro fileiras, mostrando a diferenciação das classes sociais (a primeira e a segunda, de ordem econômica média e alta e as terceiras e quartas, inferiores economicamente). Mas, na época, parece que ninguém ligava para isso. E isto levou dezenas de anos. Além daquele local próximos aos cinemas Olana (na Monsenhor Soares), São Pedro (na Campos Salles) e São José (na Venâncio Ayres), além dos clubes Venâncio Ayres, Recreativo e 13 de Maio, todos dentro do circuito. Na década de 1990 surge, de uma hora para outra, a passarela na Virgílio de Rezende com uma grande concentração de novas lanchonetes, bares, restaurantes, casas noturnas, que levaram uma multidão para lá, principalmente de adolescentes. E as sextas, sábados e domingos uma verdadeira aglomeração.
Pessoas de todos os cantos da cidade iam para a rua Vergílio de Rezende, a pé ou de motorizado. O trânsito ficava lentíssimo. Mas no decorrer dos anos brigas, assaltos e até assassinatos assustaram os frequentadores e o lazer daquela rua. Foi se esvaziando.
Atualmente não existe nesta cidade um ponto único de lazer. Existe vários, em todos os quadrantes desta urbe para todos os gostos, bolsos, interesses e motivações dos habitantes.

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