…E atenção senhores ouvintes do Repórter Esso: “Acabou a guerra”. Estávamos em pleno mês de maio de 1945, no dia 08 de maio e o famoso Heron Domingues, com sua potente voz, anunciava na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o fim da Conflagração, iniciada em 1939.
Diversas pessoas encontravam-se, naquela manhã ensolarada, no denominado Bar São Paulo, no Largo dos Amores, de propriedade da progenitora do conhecido jornalista Carlos José de Oliveira, saboreando os deliciosos pastéis, alguns tomando cerveja e outros bebendo a famosa gasosa fabricada por Eugenio Ventura, da rua Aristides Lobo.
Não só fregueses se rejubilavam com a grata notícia, como toda a população comemorava o acontecimento, alguns lançando rojões e outros se confraternizando com o auspicioso fato. Itapetininga, na época, acompanhava a 2ª Guerra com a ansiedade e temor pela tragédia que ocorria nos campos de batalha na longínqua Europa. Tudo causado pela sanha do ditador alemão, chegado à beira da loucura em dominar o mundo. Com a Alemanha encontravam-se a Itália de Mussolini e o Japão, formando o temível Eixo, combatido então pelos Estados unidos, França, Inglaterra, Rússia e outros países, incluindo o Brasil. Esses formavam o grupo dos “Aliados”.
Nosso país colaborou heroicamente enviando centenas de soldados, denominados “pracinhas”, na Itália para combater o nazi-fascismo, inimigos tenazes.
Foram centenas de soldados brasileiros que se destacaram sobremaneira nos campos de batalha, havendo, no entanto, a morte de muitos de nossos combatentes.
Itapetininga não fugiu à regra e mais de uma dezena de jovens integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Desse contingente, mais de 40, incluindo muitos da região destacaram Itaboraí Marcondes, Domingos Barreira, Davino Palhares (os três in memoriam) e Argemiro Toledo e Vitório Nalesso, testemunhas oculares da história, vivendo, felizmente, para nossa alegria, plenamente saudáveis na cidade.
Durante o transcurso da guerra de 6 anos, é bem provável que ainda muitos se lembrem: Itapetininga sofreu rigoroso racionamento de produtos alimentícios, destacando-se o limite da quantidade de açúcar, controlado por cartões, fornecido então pela prefeitura, através do saudoso Humberto Pellegrini, responsável por este setor.
A vigilância da cidade era realizada pela polícia militar e pelo exército aqui aquartelado 5º BC, a fim de evitar qualquer turbulência. “Nos carnavais, o horário permitido aos bailes não ultrapassavam a meia noite”, como bem lembra Oswaldo Piedade, hoje centenário. Também durante as festas momísticas foram proibidos o uso de máscaras ou qualquer outro artifício que ocultasse a face do folião.
As colônias italiana, alemã e japonesa, com grande quantidade de pessoas, “jamais foram molestadas ou agredidas verbalmente por cidadãos itapetininganos. “Havia respeito com os estrangeiros aqui residentes”, afirma Waldomiro de Carvalho, o Xuca, conhecido advogado local, ex-vereador e ex-presidente do Clube Venâncio Ayres. Neste passado 8 de maio comemorou-se o 72º Aniversário do final da guerra. Nesta cidade uma rua leva o nome de “Expedicionários” e uma praça no início da Vila Rio Branco denomina-se ”Expedicionário Sebastião Garcia”, falecido em pleno combate nos campos da Itália.
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