A nova base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre produtividade da soja aponta Itapetininga como 1ª colocada no ranking nacional desta categoria de commodities. Em média, foram registradas 4,8 toneladas por hectare. Os dados apurados pelo instituto têm como base o decênio (2011-2021). Número de produtores deste insulmo também cresce e vai de 100 para 330 contabilizados, aponta Instituto de Economia Agrícola (IEA).
O engenheiro agrônomo Edigar Petisco explica que o crescimento da produtividade da soja no município está ligada a fatores climáticos e a investimentos tecnológicos. “O clima do município faz com que a maioria das lavouras não sejam irrigadas, o que faculta maior produtividade. Outro fator está ligado aos investimentos na correção e adubação do solo e pulverização de alta eficiência”, explica o especialista.
Sobre o aumento na área no cultivo, Petisco observa uma alteração no perfil produtivo do município, pois nos últimos anos, parte das áreas que eram de pastagem foram gradativamente se tornando lavoura e outra culturas foram perdendo espaço para a soja. “Neste sentido lavouras como feijão e batata foram preteridas. A soja como commoditie é cotada em dólar, sofre menos oscilação de preço e dá mais confiança para o produtor investir”, diz
Dados de órgãos oficiais apontam que a produção passou de 72 mil toneladas, em 2018, para 115 toneladas, em 2021. Segundo IEA e a Lupa (Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agrícola), no município de Itapetininga foram contabilizados 330 produtores de soja, em 2022. Conforme o IBGE, o cultivo da oleaginosa envolvia 100 estabelecimentos, em 2017.
Em 2022, o desempenho das vendas externas de Itapetininga registrou um incremento, no geral, de 86%. No período, as exportações subiram de US$ 98 milhões para quase US$190 milhões. O cenário foi dominado pela soja que atingiu o patamar de US$ 93 milhões e representou 49% do valor exportado. No ano anterior, o grão se limitou a 2% dos produtos exportados na cidade ao registrar US$ 2 milhões. Os dados são Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontam um aumento de 113,2% no valor produtivo da soja em Itapetininga, apenas em 2021. Para se ter uma ideia, no ano anterior o valor era de R$ 131,8 milhões e no seguinte. R$ 281 milhões em 2021. No Brasil, o crescimento foi de 102,1%.
Para o prefeito de Itapetininga, Jeferson Brun, os números da soja demonstram o potencial do solo que é fértil, pois agrega uma agricultura diversificada. O município é o terceiro maior em extensão territorial no Estado de São Paulo, mas pode ser considerado o primeiro, pois todas suas áreas são férteis.
Estes números da soja superam outras cidades concorrentes, principalmente aquelas localizadas na região Centro-Oeste