Amor

Meus irmãos: Que Deus seja com todos. Congregação: Amém.
Houve um poeta que fez uma pergunta e ele mesmo respondeu. Tanto a pergunta, como a resposta foram emitidas de um modo inspirado, possuindo métrica, ritmo e rima que se tornaram o início de uma canção popular. Deixo as técnicas para os vates e cito os trechos na prosa. Quem inventou o amor? O amor não foi inventado por mim, nem por você, nem por ninguém e por aí vai…. De fato, caros irmãos, o amor não foi inventado, não foi criado, porém faz parte da essência divina. O teólogo presbiteriano Davi Clark, discorrendo sobre a substância e atributos de Adonai, assevera que há duas substâncias e somente duas: Matéria e espírito. Diz ainda, que o mundo é matéria; Deus, os anjos e as almas dos homens são espíritos. É verdade, a substância de Deus é puro espírito, sem mistura com a matéria. É por isso que a Confissão de Fé de Westminster diz: “sem partes ou paixões corporais”. Quando o teólogo afirma que Deus é espírito, está se referindo a sua substância, à qual são inerentes os seus atributos. O teólogo William Evans, outro presbiteriano, divide os atributos em: naturais e morais. Como não estou dando uma aula, mas destacando a virtude suprema, cito apenas as qualidades morais, como sejam: justiça, fidelidade, misericórdia e amor. Moisés, o cronista da criação, narrando a origem do homem, assegura que no sexto dia, Deus disse: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança…” Diz, logo em seguida, que “criou Deus, o homem a sua imagem, à imagem de Deus o criou homem e mulher os criou”. Tudo isso se encontra no resumo que o cronista fez no capítulo primeiro de Gênesis, depois, no segundo capítulo, entrando em detalhes, Moisés assegura que “formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida e o homem passou a ser alma vivente”. No sopro, que é um vento, foi introduzido a vida e os atributos morais e entre eles o amor. O Catecismo de Westminster, adotado pela Igreja Presbiteriana, afirma que Deus criou o homem conforme a sua própria imagem com conhecimento, retidão, santidade e com domínio sobre as criaturas. Todos os atributos citados são morais, deixando de citar apenas o amor, uma vez que a resposta ficaria cumprida demais. O amor, todavia, é uma qualidade divina, porque Deus é amor, como afirmou o apóstolo que sentiu, na última ceia, as batidas do sagrado coração de Jesus.
O apóstolo Paulo, na apoteose do amor, usando algumas anáforas, diz: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa…Ainda que eu tenha o dom de profetizar, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, se não tiver amor, nada disso adiantaria”. As anáforas estão completas em Primeira Coríntios, capítulo treze. Depois, o discípulo de Gamaliel, começa a definir o que é indefinível, na sua apoteose: “O amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece”. Se de um lado, destaca o amor cuja fonte se encontra em Deus, por outro lado mostra o amor paixão, proveniente do verbo grego “éros”, pois só o amor erótico arde em ciúmes, e se ufana, e se ensoberbece, e estupra e mata. Discorrendo sobre o amor verdadeiro, mostra, também, de um modo sutil, o amor “fileo” que dá origem ao sentimento de estima que, às vezes, se transforma em falsidade, surgindo o mexerico, a intriga e a fofoca. Foi pela graça de Deus, batismo do Espírito Santo e a paz de Jesus que o casal Nilton e Malu ou Malu e Nilton esposaram o verdadeiro amor que os uniu nesta vida, solidificando para a eternidade. O amor jamais acaba, mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. No final e só no final de tudo, se chegará à conclusão que só o amor resistirá o tempo, pois até o tempo que faz passar tudo, não conseguirá destruir o amor, pois o amor é a essência de Deus. Deus é amor. O Amor de Deus é o “ágape”.
Parabéns ao casal Nilton e Malu ou Malunilton. Desculpem o neologismo.