Ele não via a hora de chegar oito e meio da noite daquele último dia de 2023. Seria o momento do sorteio dos seis números da megasena em torno de quinhentos e oitenta e oito milhões e oitocentos mil reais. Um recorde. Dificílimo de ganhar (quase impossível) mas não custa nada sonhar. Apesar de não ter feito poucos jogos, trinta ao todo, mas sorteio é sorteio e sorte é sorte. Ele pensava: – “e se eu ganhar?” Sozinho, mas vamos lá. O que eu faço? Primeiramente vou ficar estupefato, sentir tonturas, quase desmaio. E se acontecesse o inesperado o que será que ele iria fazer? Começou a tremer pensando na sua vida que iria mudar. No momento nem queria pensar como? Dado o resultado, ele iria conferir mil vezes o seu jogo premiado. Como morava sozinho, ele precisaria guardar (bem guardado o bilhete). Iria colocar numa gaveta e fechá-la com a única chave dela. E onde guardaria a chave? Ficaria com medo de perder a memória e esquecer onde tinha colocado na manhã seguinte. Até aquela noite ninguém sabia que ele tinha ganho. Feliz Ano novo! Mas, no dia seguinte, primeiro dia do novo ano, não sairia de casa velando o cartão (premiado!). No dia dois, levaria imediatamente o prêmio para a Caixa Econômica Federal da cidade. Mas como tirar o cartão da megasena sem perde-la. E imediatamente pesou em sequestro porque não aguentaria guardar segredo o tempo todo. Não poderia. Pensou em tanta coisa e que sua vida iria mudar radicalmente. Mas, já idoso, será que valeria a pena. Não teria paz. Nenhuma. E que tal acertar só na quina. O prêmio seria bem, mas bem menor, raquítico até. Daria para alguma coisa? E daí ficaria a sensação que ele deixaria de tornar-se milionário apenas porque errou um número apenas. E tal sensação ficaria para a vida inteira. Então, melhor nada!
HLOB tem queda nas cirurgias eletivas em 2024
O Hospital Doutor Léo Orsi Bernardes (HLOB) registrou uma queda no número de cirurgias eletivas realizadas em 2024, comparado ao ano anterior. Segundo a assessoria de imprensa do HLOB, no...