A Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Itapetininga, volta a enfrentar problemas estruturais que resultaram na sua interdição parcial no dia 27 de maio. A medida foi necessária após parte do reboco de uma das torres desabar, levando também ao fechamento de um trecho da Rua Venâncio Ayres, localizada em frente à igreja. A construção histórica, inaugurada em 1873, vem sofrendo com esses desafios ao longo dos anos, pelo impacto do tráfego de veículos na área.
De acordo com a Prefeitura de Itapetininga a interdição parcial da igreja e de um trecho da Rua Venâncio Ayres veio após a Defesa Civil detectar a queda de parte do revestimento externo e de alguns tijolos da torre esquerda da igreja, uma construção histórica que data de 1873. Especialistas em “taipa de pilão” foram chamados para avaliar a situação e, embora não haja risco estrutural imediato, a restauração do revestimento é considerada urgente. A previsão é que as áreas interditadas sejam reabertas em breve.
Com a nova interdição, a Prefeitura está orientando os motoristas a utilizarem rotas alternativas, desviando pelas ruas Higino Rolim Rosa, Monsenhor Soares e Coronel Glicério. Estas medidas visam minimizar os transtornos no trânsito enquanto as obras de reparo são realizadas.
Ainda em nota a Prefeitura informou que está auxiliando no processo emergencial de reparo, que requer uma operação especializada, e também está acelerando o processo de tombamento para acessar recursos destinados à restauração completa da igreja.
Entenda o caso:
O Jornal Correio de Itapetininga vem acompanhando a situação da Igreja Nossa Senhora do Rosário ao longo dos anos
2021: Em agosto, a Igreja Nossa Senhora do Rosário seria restaurada devido a problemas persistentes como rachaduras e infiltrações. O pároco Reinaldo Ramos, um dos responsáveis pela obra, explicou que a análise inicial havia começado e que a empresa contratada estava diagnosticando os reparos necessários.
Campanha de Restauração: No mesmo ano, a Catedral Nossa Senhora dos Prazeres lançou uma campanha com o lema “Ajude a recuperar o que nos resta de memória”, para financiar a restauração do templo. A igreja, um ícone de devoção e um dos cartões postais da cidade, foi construída com doações da comunidade e sempre teve apoio popular em sua manutenção.
2018: O padre Reynaldo Machado solicitou a interdição da Rua Venâncio Ayres em frente à igreja para conter as rachaduras causadas pelo tráfego de veículos pesados. Ele enfatizou que o movimento constante na via estava contribuindo para o desgaste das paredes e pilares da igreja, que havia sido reformada recentemente.
Reformas de 2017: Em agosto de 2017, a igreja passou por uma reforma que se estendeu além do prazo inicial devido à necessidade de resolver questões estruturais mais complexas. Durante esse período, a comunidade se mobilizou para apoiar financeiramente os reparos através de rifas e doações.