O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), reabriu 69 parques estaduais. As Unidades de Conservação, inclusive a Estação Experimental de Itapetininga – Fazenda do Estado, são administradas pela Fundação Florestal e estavam fechadas desde o dia 01 de setembro para priorizar a prevenção e combate a incêndios durante este período crítico de seca.
A decisão foi tomada após uma reunião do gabinete de crise do Governo e baseia-se nas condições climáticas previstas para os próximos dias e no grau de risco de incêndios florestais. São parques localizados em áreas sem chuva e com focos de incêndio no entorno, que exigem ainda dedicação intensiva para evitar queimadas.
Fazenda do Estado
Criada no final da década de 1950, a Estação Experimental de Itapetininga tem mais de 50 anos e é conhecida pelo efetivo plantio de pinus. Com forte identidade com a pesquisa, a experimentação, a conservação e a difusão tecnológica, a unidade especializou-se nessa cultura e transformou o Instituto Florestal em uma referência em pinocultura.
Em 1963, o Governo do Estado promoveu na Estação Experimental o “Encontro Regional de Silvicultura”. O evento foi organizado sob a premissa “plantar árvores: bom negócio” e reuniu autoridades estaduais e locais, além da participação de fazendeiros interessados em conhecer a nova espécie que era difundida em larga escala nas terras da unidade.
Em meio século de atividades florestais, o Pinus ganhou papel fundamental nos plantios do sudoeste do território paulista. O melhoramento genético desenvolvido na Estação proporcionou ganhos expressivos na produção de madeira e resina. No tocante à resinagem, a Estação tem importante função no cenário regional, pois, além da produção de resina, é um referencial aos interessados em iniciar na atividade.
Ao longo desses anos, o Brasil passou de importador para exportador de resina, fenômeno que contou com a contribuição dos trabalhos realizados na Estação.
Atualmente, a Estação Experimental de Itapetininga mantém os objetivos de promover e incentivar a integração entre a produção, o progresso cientifico e tecnológico e a conservação da diversidade por meio do manejo florestal sustentável com fins econômicos, sempre promovidos por pesquisas e experimentações voltadas à produção do território florestal e pela recuperação e conservação de áreas naturais. Além de contar com duas trilhas, a “Trilha da Figueira Branca” e a “Trilha do Pau-Jacaré”, onde escolas, instituições e organizações aprendem sobre a fauna e a biodiversidade.
Focos de queimadas
O Governo de São Paulo monitora permanentemente as condições climáticas de risco e a incidência de incêndios no Estado por meio da Operação São Paulo sem Fogo, que já investiu R$ 170 milhões para prevenir queimadas. A mobilização envolve aeronaves, uma força-tarefa de 15 mil pessoas e 2 mil veículos para pronta resposta, assim como o uso de satélites e drones com imagens térmicas.
Foram feitos também mais de 1.600 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios. A iniciativa privada também auxilia a atual gestão na identificação das queimadas, para que o combate aconteça o mais rápido possível. Até o momento, 33 pessoas foram presas pela polícia por suspeita de causarem incêndios em vegetação.