As urnas

Tempos atrás (e nem tanto tempo assim) o dia de uma eleição para cargos de presidente, governador e prefeito era uma verdadeira festa cívica e social. Não só em Itapetininga como em todo o Brasil. Tudo era válido, se compararmos o que a lei eleitoral permite hoje (mas algumas proibições mudaram). A figura do cabo eleitoral era um dos principais protagonistas das eleições. Hoje quase não se ouve falar deste termo. O que era o cabo eleitoral?

Geralmente um personagem masculino devidamente contratado por um candidato a qualquer cargo eletivo que teria missão contratar outras pessoas para trabalhar para o seu chefe da ocasião. Tal trabalho consistia em convencer outros eleitores a votarem em seus candidatos preferidos. Daí qualquer cidadão que se aproximasse para seu local de votação seria rodeado de cabos eleitorais de todos os partidos políticos para entregar seus “santinhos”, o que era permitidos. E nem eram sussurros nos ouvidos do votante. Eram gritos mesmo. Outro termo que desapareceu por uns tempos (mas parece que está voltando), ou seja, os santinhos. Ou seja ainda, a carinha do candidato, o nome, o partido (ou coligação).

Após o fechamento das urnas, as ruas de Itapetininga ficaram “caralhadas“ de retratinhos (ou santinhos) dando um enorme trabalho para os responsáveis pela limpeza. As propagandas dos aspirantes a cargo não paravam nem no dia da eleição. Bandinhas musicais tocavam pelas ruas centrais da cidade louvando os candidatos que a contrataram. Atritos entre candidatos principalmente nas eleições para prefeitos ocasionavam eternos inimizades entre os concorrentes para todo o sempre. Mas nem tudo era permitido naquela época. Por exemplo: qualquer cidadão que entrasse na sala eleitoral com uma camiseta com o nome ou rosto de candidatos. Não deixariam entrar e poderia até ser expulso. Também não poderia ser vendido bebidas alcoólicas desde a véspera os bares fechavam mais cedo. Não haviam redes sociais e as brigas entre os membros dos partidos políticos eram feitas nas ruas ou em matérias pagas nos jornais ou panfletos. Portanto o termo “polarização” usadíssima hoje, já havia sim naquela época. A contagem de votos era feita manualmente e só se sabia o resultado final cinco ou seis dias depois. O acompanhamento da votação era dada pela Rádio Difusora. Não havia emissora de televisão local. Os partidos políticos eram (quase) todos neoliberais, ou seja, o Estado é importante mas o Capital também é. Aliás o Capitalismo era quase sempre confundido com democracia, muito pela influência norte-americana matinada pela chamada “Guerra Fria”.

Se fato é foto…

O Itapetiningano Gerson Ramos, maestro da “ Banda Municipal de Itapetininga “ também se apresenta em diversos bailes , festas e eventos aqui em Itapê e outras cidades com o seu inseparável e afinadíssimo saxofone. Foto: Acervo

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