O dia em que vizinhos se encontram

Felizes eram os velhos tempos em que os vizinhos colocavam cadeiras nas calçadas e, descontraídos e tranquilos, sob o luar “punham suas conversas em dia”, maneira apropriada de solidificarem e estreitarem, ainda mais, a amizade reinante.
Já foi extinto esse saudável hábito de muitos e muitos anos, passado de geração em geração. A modernização repousa, nos dias atuais, em deleitar-se na TV, no celular, smartfone, na internet através do facebook ou do WhatsApp, entre outras redes sociais, além do surgimento diário de novas tecnologias, distanciando o convívio das pessoas residentes, principalmente , na mesma área.
Moradores de um mesmo bairro ou vila, assim como em áreas centrais ou mesmo em condomínios, mal se cumprimentam e são muito poucos aqueles que procuram manter qualquer diálogo ou aproximação com o próximo. O tempo hoje é do imediatismo, da praticidade e da procura de interesses sem “se importar com seu semelhante”.
Este procedimento do ser humano atinge a quase totalidade das pessoas, ao só em Itapetininga e como em qualquer cidade do mundo. Nosso município cresceu, desenvolveu-se em toda estrutura, tanto no aspecto econômico, como no social, recebendo também inúmeros habitantes de outras localidades.
Diversos conjuntos habitacionais, condomínios de luxo, moradias belas e funcionais, adornam a cidade – ainda denominada “Athenas do Sul” e prestes a comemorar seu tricentenário – tem seu perfil modificado, completamente diferente desta antiga província sul-paulista.
Mas, no entanto, apesar “deste comportamento, talvez pela necessidade do trabalho insano que é desenvolvido pelo cidadão em busca de uma vida mais confortável”, lá pelos lados do conhecido bairro denominado Paquetá , uma pequena comunidade procede de maneira diferente. Em uma de suas localizações, na Vila Alves, em agradável, simples e acolhedora residência, há dez anos consecutivos, a dona da propriedade Georgina Soares de Lima, 63, convoca amigos e vizinhos para reuniões amistosas e “agradecimentos ao Criador”. Uma média entre trinta a quarenta pessoas, de várias idades e profissões, se acomodam em torno de uma bem arrumada mesa, onde participam de lauto jantar, preparado pela proprietária e as filhas Gabriela, Jacira e Vânia, além da ajuda de vizinhas.
O motivo ? A comemoração dos aniversariantes do ano corrente. Isto é, o evento se realiza quatro vezes ao ano: março; junho; setembro e dezembro e, em cada um, comemora-se as datas de nascimentos dos amigos de cada trimestre. Trata-se também do congraçamento e estreitamento maior de amor e amizade entre eles…
São moradores das Vilas Sonia, Alves, Jardim Leonel, Palmeira e que se encontravam a princípio na Igreja Santo Expedito. De lá partiu a ideia do encontro trimestral , realizado então na casa de Georgina, na Vila Alves. O próximo encontro se realizará em setembro.
Os convivas passaram a levar os ingredientes destinados ao churrasco, macarronada, arroz com frango ou carreteiro, vaca atolada, entre tantos outros pratos, além de refrigerantes e bolo.
Em ambiente descontraído, onde os assuntos sobre todos os acontecimentos, “inclusive futebol, religião e política”. “Mas a principal finalidade é a empatia entre eles, a alegre convivência cristã e a felicidade do encontro”, como afirma o Padre Jobel, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, sempre presente às reuniões, assim como o diácono Antonio. Georgina esclarece que não se convida mais pessoas devido ao pequeno espaço, mas tem esperança que em futuro não muito distante “Deus nos dará condições para encontrar um local amplo, onde poderemos contar com um número maior de presentes, a fim de que a felicidade seja ainda maior”.

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