Luz, câmera, ação!

“Muita coisa volta a acontecer quando se atravessa a rua D. Joaquim (próxima ao ambulatório Genefredo Monteiro), no centro da cidade, caminho natural para a Catedral da Matriz ou em demanda à rua Quintino Bocaiuva. O auditório “Abílio Victor”, conhecido como Nhô Bentino, o grande poeta sertanejo, orgulho do município, transformou-se agora em cinema de rua.”

Muita coisa volta a acontecer quando se atravessa a rua D. Joaquim (próxima ao ambulatório Genefredo Monteiro), no centro da cidade, caminho natural para a Catedral da Matriz ou em demanda à rua
Quintino Bocaiuva.
Menos de dois meses atrás, o prédio que leva a denominação de auditório “Abílio Victor”, conhecido como Nhô Bentino, o grande poeta sertanejo, orgulho do município, transformou-se agora em cinema de rua. Esse imóvel, que por dezenas de anos, teve como proprietário o fidalgo Godofredo Belfort mantendo no local depósito de algodão, vendido posteriormente para uma cooperativa japonesa, há algumas décadas passou às mãos da Prefeitura.
Com ampla reforma e adaptações necessárias, abrigam eventos culturais e sociais, como teatro, exposições, palestras saraus, ensaios de conjuntos musicais e práticas desportivas.
Nestes últimos meses, tendo apoio financeiro de uma grande empresa e a orientação do membro da Secretaria de Cultura, Antonio Pedroso Ballint, o prédio sofreu uma substancial mudança, transformado em uma área especial para a exibição de filmes. Com a simpática denominação de “Cine Janelas”, com capacidade para mais de 150 pessoas, máquina moderna, com boa sonoridade, foi inaugurado em junho, com uma película produzida na Arábia Saudita.
Esse espaço veio cobrir a inexistência de cinemas (exceção a sala que funciona no Shopping Itapetininga), fechados definitivamente nas décadas de 70 a 1990. A cidade possuía, com enorme concorrência, cine-teatros S. Pedro, na rua Campos Sales, Ideal ou Itapetininga, na Monsenhor Soares e S. José localizado na rua Venâncio Ayres, além do Aparecida, na rua Cel. Pedro Dias Batista, onde depois encontrava-se instalada a Magister e o que permaneceu por mais tempo o “cine Olana”, na Monsenhor Soares ( hoje um estacionamento). O encerramento das atividades deveu-se ao surgimento de vídeos, televisão, Dvds, internet e até celulares, fato ocorrido não só neste município como em todas as localidades do Brasil.
A exibição de qualificados filmes teve início em 2011, por iniciativa e esforços do membro do Instituto Histórico e Geográfico de Itapetininga, AngeloRichetti, tendo como local a Biblioteca Municipal e o apoio da Câmara Municipal, sob a presidência do vereador Fuad Abrão Isaac.
O objetivo, como sempre acentua Richetti é constituir a formação de hábito de cultura na área cinematográfica e aprofundar-se nos temas inseridos nos filmes, com debates entre os presentes e inteiramente para todas as camadas sociais.
Há a expectativa de que proximamente sejam exibidas películas como o argentino “O estudante”, de Santiago Mitre; o grego “Miss Violence” de Alexander Avranas; o francês “Amar, beber e cantar”, de Alain Resnais, e o brasileiro “Aos ventos que virão”, de Hermano Penna. Deverão constar os clássicos como “Quantos mais quente melhor” (1959), de Billy Wilder e “Meu Tio” (1958) de Jacques Tati.
Nesta quinta-feira, 24, foi levado à tela o filme japonês, “Era uma vez em Tóquio”, de Yasijiro Ozu. Se durante o século XX, na ideia de muitos, patrimônio histórico e cultural estava ligada á prédios tidos como excepcionais ou históricos, hoje são levados em conta outros quesitos, como identidade, a função e importância social, cultural e humana.
Com esta valiosa e importante iniciativa, muitos irão se lembrar que o cinema era um lugar que as pessoas frequentavam, os amigos se encontravam e vivenciavam o ambiente, e, claro além do namoro naquele “romântico escurinho”.

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