Os criadores da elegância em itapetininga

Grande era a classe de profissionais responsável pelo porte elegante do itapetiningano em tempos de outrora.
Foi na época que as pessoas qualificadas como “das mais importantes” ou de gosto apurado eram observadas e comentadas nas ruas da cidade, com surpreendente admiração. Eram comerciantes, empresários, industriais, professores, médicos, advogados e outros, vestiam-se impecavelmente. Não só em dias comuns, como em festas ou eventos variados, assim como se sobressaiam em trânsito pelas vias públicas.
Constituíam-se o que se considerava o suprassumo da elegância, desfilando aos olhos de todos, com garbo e “charme”, como se apregoava pelos habitantes locais.
Os responsáveis peço belo cenário “alegre e saudável para os olhos” eram os simpáticos alfaiates, exímios e criadores, artistas da tesoura, que sentiam-se orgulhosos em confeccionar, artisticamente, ternos do mais alto padrão e qualidade. Tudo em tecidos de primeira categoria – algodão, lã, linho. Tudo obedecendo e atendendo as recentes modas surgidas nas famosas metrópoles.
Dentre tantos cavalheiros de gosto apurado nos trajes usados – e sempre renovados- destacavam-se os probos e ilustres cidadãos, como Hermes quarentei, Godofredo Belfort, Asthor Barth, Jair Barth, Arnaldo Barreti, Jango Mendes, Rodolfo Miranda Leonel, Fernando Rios, Aníbal Teixeira e seu filho Sérgio, os irmãos Tambelli, Geraldo Martins de Mello, Francisco Fabiano Alves, Gumercindo e Paulo Soares Hungria, enfim… grande parte da população.
Eram pessoas com fineza o vestir e distinção …até no caminhar.
Pode-se afirmar que os responsáveis pelo trajar atraente desses itapetininganos recaia nos magos alfaiates desta localidade e que não eram poucos. Edil Lisboa, Reinaldo Ambrósio, irmão Gimenez, Santos –também presidente da associação Atlética – Ginez, Gabriel Zaidan, Benjamin Perllof, Manolo Martins – um entusiasta pela classe – Joaquim Pinto (Carioca), Agenor, Aleixo, Climinácio, Toco. Profissionais que se dedicavam com amor e arte ao ofício.
Com o surgimento gradativo das grandes lojas – comercializando terno e outros acessórios masculinos, as alfaiatarias desapareceram e, atualmente nada restou daqueles estabelecimentos e, consta, restou apenas o Edmur, na rua Quintino Bocaiuva, que se dedica ao ofício.
Neste 06 de setembro, comemora-se o “Dia do Alfaiate”, data em que os profissionais, em décadas passadas, comemoravam entusiasticamente com extensa programação: Missa na Catedral ou Igreja do Rosário, almoço nos hotéis Vitória ou São Paulo, partida de futebol e grande baile de gala, realizado no Clube Venâncio Ayres ou Recreativo, sempre contando com a presença de autoridades. Hoje, deste dia restaram apenas saudades.

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