Não existe um padrão de comportamento e estilo para nossos administradores eleitos, de prefeitos a presidente.
De Jânio a Dilma, de FHC a Bolsonaro, cada qual caminha por entre intuições e filosofias, imprimindo personalidade a posturas e pronunciamentos. Ao longo das gestões, a população aprende as características e estilos de cada administrador.
Bolsonaro sofre marcação cerrada, tanto da oposição sempre disposta a emprestar a pior das versões a cada frase, quanto de significativa parte da imprensa, em severo jejum de verbas oficiais, desde a posse. O presidente sempre busca amenizar a primeira fala, quando retorna a qualquer tema.
Informalmente, e a duras penas, Bolsonaro tem promovido uma revolução no relacionamento entre os poderes, até então marcado por um ambiente prostituído por barganhas indecorosas e venais. O envio de projetos já não é seguido por tentativas desesperadas e pouco éticas de apoio parlamentar, como se os temas interessassem unicamente ao Executivo e seu titular.
A falta de oferta de cargos e estruturas oficiais a serem loteadas tem gerado reações as mais diversas, que vão de apoios incondicionais a posturas raivosas e oposições episódicas e circunstanciais. Tal fato tem causado o surgimento de lideranças conscientes das responsabilidades legislativas, que tomam para si o destino das propostas que interessam ao país.
A atual gestão assentou bases na Economia e na Justiça, com titulares e equipes reconhecidamente competentes. Falta-lhe, ainda, estender tais primados à área Ambiental e Política Externa.
Aos trancos e barrancos, afagos e cotoveladas, o país começa a seguir rumo ao soerguimento, tirando-nos da cruel situação em que fomos metidos.
A agenda conservadora, aliada à ressuscitação de alguns valores e costumes de que andávamos carentes, vem sendo incrementada não por proibições, mas pela crescente ou total retirada de estímulos oficiais, a tudo o que fosse rotulado como arte, criação ou postura politicamente correta. Postulados econômicos, que progrediram povos, começam a ser retomados.
O país conta com estruturas de pesos e contrapesos, capazes de impedir o desvirtuamento de poderes e poderosos, aí incluídas as manifestações de rua e pronunciamentos acreditados.
Continuamos todos no mesmo barco, e convém remarmos para o mesmo lado.