Diferente do divulgado pela deputada federal Simone Marquetto (MDB), houve um acréscimo de 25% nos casos de estupros em sua gestão. Na semana passada, Marquetto afirmou que registrou uma redução de 55% nos abusos sexuais em Itapetininga.
A reportagem realizou uma comparação dos primeiros quatro anos administração da ex-prefeita, com o mesmo período anterior, que envolvem Hiram Júnior e Luis Di Fiori. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Na primeira gestão, entre 2017 e 2021, Itapetininga acumulou 300 casos de estupros. Uma média de 75 notificações anuais. Se comparar com os quatro anos anteriores, entre 2013 e 2016, a cidade somou 242 vítimas de abusos sexuais. Uma média anual de 60,05. Portanto, houve um aumento de 25%. Se acrescentar o ano de 2021, o índice se mantém inalterado.
que subscreveu o projeto polêmico. Evolução Anual
Se verificar a evolução anual, é possível constatar a instabilidade das ocorrências em cada período. De acordo com os dados oficiais, no primeiro ano da gestão da ex-prefeita, em 2017, foram registrados 80 casos de crimes sexuais. No ano seguinte, foram contabilizados 55 casos, portanto, uma diminuição momentânea de 31%. Porém, posteriormente, em 2019, retornou para 83 abusos sexuais cometidos
na cidade.
No ano seguinte, em 2021, último ano completo de sua gestão, antes deixar o governo municipal, os casos caíram para 75 vítimas. Isso representa uma queda de 15% em relação a 2016, quando a cidade registrou 89 casos. Esse último período de 2021 coincide com a pandemia da Covid e o início do isolamento social, o que facilitou a agressão contra as crianças e impediu registros policiais, apontou o Estudo Sou da Paz, Unicef e Ministério Público do Estado de São Paulo.
Conforme os estudos do Instituto Sou da Paz e Ministério Público Estadual, há uma “baixíssima notificação”.
que ficam ocultas nas estatísticas oficiais”, menciona o documento.
A deputada federal foi procurada pela reportagem, e sua assessoria explicou que ela está em São Paulo,
e que irá se manifestar
Na primeira gestão, entre 2017 e 2021, Itapetininga acumulou 300 casos de estupros
Arquivo Jornal Correio
Na região, Itapetininga tem a liderança negativa nesta área, seguida por Itararé (24,55), Avaré (23,77), São Roque (21,77) e Itapeva (20,73).