Na semana em que se celebra o Dia da Árvore o engenheiro florestal de Itapetininga, Felipe Furtado Frigieri , alerta para o tipo de poda de árvore que está sendo realizada na cidade. Itapetininga não tem um plano municipal de arborização. Segundo o especialista, se não realizada da forma correta a intervenção pode levar a má cicatrização do caule e provocar o seu apodrecimento.
A prefeitura de Itapetininga informou, por meio da Secretaria de Meio Ambiente que o plano está sendo elaborado. Segundo o executivo, em 2021 foram realizados até o momento 125 corte de árvores na cidade sendo 65 de pedidos de moradores protocolados e autorizados pela prefeitura e 60 pelo convênio da prefeitura com a CPFL no projeto Arborização + Segura. As árvores cortadas são repostas de acordo com as especificações do convênio.
Segundo o engenheiro, ele sempre acompanha os tratamentos e a forma como as árvores são tratadas no município. “Notei que estão cortando sistematicamente as árvores que se encontram abaixo de fiações, as vezes sem a real necessidade de corte. Um exemplo foi um ipê raro (que ficava na rua Joaquim Leonel) foi completamente removido eu me pergunto o porquê disso? O critério é estar abaixo da fiação, poderia ser realizada uma poda, uma mudança na fiação, para um tipo mais compacto, entre outras formas”.
Frigieri aponta que o serviço de poda quando bem realizado, ajuda a diminuir os riscos e quedas de árvores, evita acidente envolvendo pedestres, casas, carros e fios de energia.
Porém, de acordo com o especialista a poda realizada de maneira errada é, sem dúvida, um dos principais problemas das árvores urbana. “Outro ponto interessante a ser levantado é que em muitas dessas árvores que estão sendo cortadas encontram-se ninhos de abelhas nativas sem ferrão, que são animais da fauna silvestre”.
Um grupo de moradores está promovendo um abaixo assinado para evitar o corte de mais árvores na cidade. O objetivo é colher o máximo de assinaturas possíveis na petição online e enviar o documento a promotoria de Meio Ambiente.
De acordo com a prefeitura, hoje na cidade os serviços de corte de árvore, poda de árvore e ‘arranca toco’ são realizados pelo convênio Arborização + Segura firmado com a CPFL, a análise da saúde da necessidade de cada árvore é feita por um engenheiro ambiental da Secretaria de Meio Ambiente. Além disso, todas as intervenções são avaliadas em conjunto pela CPFL, Secretaria do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema). “A parceria entre a Prefeitura e a CPFL ampliou a previsão de 2021 para aproximadamente 600 novas mudas de porte adequado, dez vezes o número de árvores que serão substituídas”, destacou a prefeitura.
O morador que quiser solicitar um serviço ou autorização para corte ou poda precisa protocolar o pedido em uma das duas unidades do Atende Fácil, de segunda à sexta, das 9 às 17 horas. Após isso, o engenheiro ambiental da Secretaria de Meio Ambiente faz uma avaliação no exemplar, emite um laudo e envia ao Condema. Além dos pedidos dos moradores, a prefeitura e a CPFL também fazem o monitoramento das árvores e o pedido para corte/poda.
Ações
O executivo também listou uma série de ações que vem realizando na área de meio-ambiente do município como investimento na revitalização, podas preventivas, no plantio de mudas e em programas de paisagismo e recuperação de espaço públicos. “A iniciativa faz parte de um trabalho integrado que alia sustentabilidade ambiental à renovação do aspecto urbanístico do município, valorizando a cidade como atrativo regional ao turismo e a novos investimentos. Desde 2017, mais de 12 mil novas mudas das mais diferentes espécies foram plantadas na cidade”.
Sempre com foco na educação ambiental, alunos e professores de escolas municipais têm desenvolvido projetos que despertam a consciência ambiental. Segundo a prefeitura, mais de 400 mudas estão sendo disponibilizadas neste ano para as ações.
Outra ação que a prefeitura destaca é o Programa “Adote uma Praça”. Com a parceria da iniciativa privada, 42 espaços públicos foram revitalizados com plantio de novas espécies e projeto de paisagismo. Como parte de um conjunto de ações voltadas ao resgate de áreas públicas e de lazer, a revitalização do Parque Ecológico “Regina Freire”, mais conhecido como Lagoa da Chapadinha.
“A cidade também está entre os 30 municípios com até 199.999 mil habitantes do Brasil com melhor eficiência em gestão pública em Saneamento e Meio Ambiente, de acordo com um estudo inédito desenvolvido pelo Centro de Liderança Pública. Os maiores destaques da performance de Itapetininga em Saneamento e Meio Ambiente estão nos indicadores de cobertura no tratamento de esgoto, onde a cidade ocupa a 8° posição no Brasil, 7° no Sudeste, 5° no estado de São Paulo e 2° na Região Metropolitana de Sorocaba. Também é destaque no ranking o quesito que se refere ao controle de perdas no abastecimento de água. Neste indicador, Itapetininga aparece em 17° lugar no Brasil, com 10° posição na região Sudeste, 6° no estado de São Paulo e 1° posição na RMS. Na destinação correta do lixo, a cidade alcançou nota máxima, 100,00 pontos, ficando na 21° colocação nacional, 16° no Sudeste, 7° lugar no Estado e 2° posição na RMS, de acordo com avaliação do Centro de Liderança Pública”, conclui.