Jornal Correio preparou uma série de reportagens com análise técnica, opções de lazer, cursos etc…que você lê nesta e nas próximas edições.
O turismo doméstico tem apresentado crescimento considerável nos últimos anos, o que deixa o trade turístico confiante na retomada do setor este ano após o grande impacto causado pela pandemia da Covid-19. De acordo com o turismólogo e professor João Andrade, para que isso ocorra aqui em Itapetininga é importante que haja o desenvolvimento e investimento do turismo local, que movimenta diversos setores da economia. Além disso, segundo Andrade, o turismo local mantém vivo os costumes e tradições locais, fomentando a noção de valorização pertencimento daquela região.
Por essa razão, o especialista aponta para o fato de Itapetininga não possuir a qualificação Município de Interesse Turístico (MIT), já que esse Título pode destinar a cidade o valor de 600 mil reais anuais para potencializar a qualidade da atividade turística local, aumentando o fluxo de visitantes e possibilitando a geração de empregos e de renda. Além disso, esse valor pode chegar 4 milhões anuais caso a cidade se torne Estância Turística.
O turismólogo diz ainda que o turismo em Itapetininga requer uma atenção especial, já que a gastronomia é o que mais atrai visitantes da região, seja para comer o tradicional bolinho de frango, tomar uma cerveja artesanal, experimentar um bom queijo ou aproveitar a diversidade de restaurantes da cidade que inclui hamburguerias, pizzarias, restaurantes de comida japonesa, mexicana, entre outras.
Em vista disso, ele também explica que o investimento do turismo local depende de uma total integração entre os setores públicos, privados, instituições e associações. “O Setor público tem papel fundamental no desenvolvimento do Turismo local. Para que esse desenvolvimento aconteça de fato, o município deve criar políticas públicas que incentivem os empresários locais a investir na cidade, propiciar capacitações e orientações para que o município e os empresários acolham e respeitem o visitante. Além de manter a cidade com suas infraestruturas básicas em perfeitas condições, pois, uma cidade boa para seus moradores será também para o turista, entre outras coisas”.
Além disso, segundo Andrade, o setor privado também tem sua parcela de responsabilidade no desenvolvimento sustentável do Turismo. Pois são inúmeras as empresas, como por exemplo agências de viagem, meios de hospedagem… que direta ou indiretamente são beneficiadas com o setor. Diante disso, as empresas requerem ações pontuais para que o turista retorne para a cidade, como: atentar-se as necessidades do turista, adequando seus estabelecimentos para que possa atender seu público de maneira hospitaleira, e qualificando seus colaboradores para que acolham e respeitem o visitante.
Já no que se refere ao Terceiro Setor, o turismólogo explica que este está cada vez mais participando do planejamento e desenvolvimento da atividade turística. “As ONGs são representadas por associações, entidades beneficentes, fundações, organizações de voluntariado, cooperativas, institutos, centros sociais, etc. Elas além de contribuir auxiliando na fiscalização das ações do poder público e privado, podem coibir ações que visam inviabilizar o desenvolvimento sustentável do setor”.
Na próxima reportagem da série você lê sobre as opções gastronômicas.
Após 100 dias população aprova ônibus gratuito
Com avaliação positiva da maioria da população, o transporte público gratuito em Itapetininga fez cem dias no início do mês de abril. A medida foi implementada pelo prefeito Jeferson Brun...