Está tramitando na Câmara Municipal um projeto de lei do vereador Dudu Franco (MDB) para mudança do nome da praça da Matriz. O projeto de Lei 134/2021 dispõe sobre a denominação de Praça Padre Mário Donato Sampaio ao atual Largo Duque de Caxias, revogando a Lei Municipal nº 1, de 29 de julho de 1936 que deu o nome ao lugar.
Na proposição, o vereador explica que o Projeto de Lei, tem por objetivo prestar homenagem póstuma ao senhor Padre Mário Donato Sampaio dando o seu nome ao atual Largo Duque de Caxias. O vereador também anexou ao projeto um abaixo-assinado que reuniu assinaturas de apoiadores do projeto, entre virtual e impresso foram reunidas cerca de 3 mil assinaturas.
Ao Correio, o vereador explicou que o projetou passou pela assessoria técnico jurídica da Câmara e pelas comissões. “O projeto está tramitando e neste momento está sob pedido de vistas do vereador Marcelo Nanini. Acredito que está tudo dentro das conformidades porque a ATJ e as comissões deram o parecer favorável”.
Sobre Padre Mário
O Monsenhor Padre Mário Donato Sampaio faleceu na madrugada do último 8 de agosto. Ele estava internado no Hospital Unimed devido a problemas oncológicos. Padre Mário foi ordenado 08 de dezembro de 1961 e atualmente, estava como Vigário na Paróquia Nossa Senhora das Estrelas, em Itapetininga.
O velório foi realizado na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres e a Missa Exequial foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto. A celebração também contou com a presença de Padres e Diáconos da Diocese, além de amigos e familiares. Padre Mário foi sepultado no cemitério da própria Catedral.
IHGGI aponta irregularidades no projeto
O presidente Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga, Giovani Pietro Ferrari, está preparando um material que deve apresentar na próxima sessão da Câmara Municipal apontando que o projeto de Lei é inconstitucional porque há legislação federal que dispõe sobre o tema. “Gostaria de ressaltar que não somos contra homenagear o Padre Mário, a história e o legado dele. Inclusive sugerimos que o Coreto da Matriz recebesse o nome dele. Ou que o vereador pense em outra homenagem. Mas, como guardiões da história e da cultura de Itapetininga não podemos permitir que a história seja apagada. O projeto é inconstitucional, vamos constar na Câmara e apresentar a legislação”.