O vereador Dudu Franco (MDB) retirou o projeto de lei que propunha a mudança do nome da praça da Matriz. O Largo Duque de Caxias passaria a ser chamado de Praça Padre Mário Donato Sampaio se o projeto de Lei 134/2021 de autoria do parlamentar fosse aprovado.
O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga chegou a apontar que o projeto de Lei era inconstitucional porque há legislação federal que dispõe sobre o tema. Nas redes sociais o projeto também gerou bastante polêmica. Tanto o instituto, quanto nas redes sociais, as propostas eram de que o Padre Mário, sua obra e seu legado fossem homenageados de outra maneira.
Na sessão da Câmara desta semana, o vereador, justificou a retirada do projeto dizendo que não conseguiu apoio dos vereadores pois necessitava de 13 votos a favor. Mas, disse que não desistiu do mesmo. “O projeto tomou proporções inesperadas pois o único intuito do mesmo era preservação da história e imagem do patrono do exército Duque de Caxias com a transferência de sua herma para o pátio do tiro de guerra, onde seria construído um memorial para o mesmo, à altura de sua história em conjunto a homenagem ao nosso querido Padre Mario denominando a praça com o seu nome”.
O parlamentar disse que com a proposta provocou um resgate histórico já que muitas pessoas sequer sabiam que a praça da Matriz se chama Largo Duque de Caxias. “Elas foram pesquisar sobre a história do patrono do exército”, disse.
Caso de polícia?
Na declaração sobre a retirada do projeto, o vereador afirmou que o presidente Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga (IHGGI), Giovani Pietro Ferrari, registrou um boletim de ocorrência contra ele com a intenção de intimidá-lo. “A tristeza é saber que o senhor Giovani Ferrari abriu um boletim de ocorrência contra a minha pessoa com o único intuito de me intimidar, b.o esse que na próxima terça-feira precisarei estar resolvendo junto as autoridades competentes, muito triste isso”.
O presidente do IHGGI, Giovani Pietro Ferrari, informou ao Correio que houve sim um registro de um boletim de ocorrência contra o vereador porque o parlamentar teria dito que as declarações sobre a atuação do instituto eram mentirosas. “Eu dei entrevista explicando o porque era contra o projeto. Nessas entrevistas expliquei algumas ações que o instituto realiza em Itapetininga, já são 16 anos. Desde o ano passado algumas ações não foram realizadas por conta da pandemia. Após essas declarações, o vereador deu entrevista em uma emissora de TV e disse que minhas declarações sobre a atuação do IHGGI eram mentirosas. Mas nós temos registro de tudo o que fazemos. Ele vai precisar provar que é mentira. Em momento algum houve intimidação de minha parte”.