Nesta terça-feira, dia 03, trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM iniciaram uma greve contra a privatização dos serviços no Estado. Em Itapetininga, os trabalhadores da Sabesp aderiram ao movimento.
Em um ato na capital, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (SIntaema), José Faggian, ressaltou que o movimento não se encerra nesta terça-feira. “A greve de hoje é apenas uma etapa dentro do processo de luta. Temos que dar prosseguimento e continuar unificados até que o projeto como um todo seja derrotado e o povo de São Paulo tenham seus direitos essenciais garantidos pelo Estado”.
Em março deste ano o Governo de São Paulo autorizou a elaboração de estudos que vão avaliar a viabilidade da desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
Segundo o sindicato a proposta coloca em risco os empregos de cerca de 13 mil trabalhadores da estatal paulista.
O Sindicato tem feito comparações de tarifas com estados que privatizaram o saneamento. “A primeira a pagar a conta da privatização é a população, sobretudo a mais pobre e vulnerável”, denunciou a direção do Sintaema.
A explosão dos preços das tarifas também atingiu outros estados além de Minas Gerais. Enquanto a Sabesp pratica tarifas Social = R$ 20,42 e Normal = R$ 65,44, Tocantins cobra pelo serviço a tarifa Social = R$ 66,54 e Normal = R$ 241,93; e no Rio de Janeiro a tarifa Social = R$ 45,30 e Normal = R$ 111,92.
A Sabesp é uma sociedade anônima de capital aberto controlada pelo Estado de São Paulo, que é detentor de 50,3% do capital social da empresa. O restante das ações é negociado na Bolsa de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque (EUA). Atualmente, ela atende mais de 27 milhões de pessoas no Estado de São Paulo (cerca de 70% da população urbana) em 375 municípios (58% do total de cidades paulistas).
Na época, o governador Tarcísio de Freitas reforçou que as operações de desestatização só avançarão se trouxerem benefícios para os cidadãos paulistas.
Em boletim nesta terça-feira, o Governo do Estado informou que os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos seguem operando regularmente. Os serviços essenciais não foram impactados. Não foi necessário, até o momento, adotar o plano de contingência já que os serviços à população seguem normais.