Após três semanas do resultado da eleição, alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro seguem acampados em frente ao Tiro de Guerra (TG) em Itapetininga. Eles se manifestam contra a vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva, também pedem intervenção militar e intervenção federal (sic). Segundo juristas, os pedidos são considerados golpe de estado e crimes contra o Estado Democrático de Direito e contra as instituições democráticas, previstos em lei.
Vídeos e relatos nas redes sociais mostram como tem sido a rotina em frente a sede militar na cidade. Palavras de ordem são entoadas ao som do hino nacional, orações e vigílias também fazem parte do dia-a-dia do acampamento.
As roupas, na maioria verde e amarela e bandeiras do Brasil, além de barracas, banheiros químicos e máquinas agrícolas compõe o cenário divulgado massivamente nas redes sociais.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já determinou que as polícias identifiquem os organizadores e financiadores do que chama de “atos antidemocráticos”. No último dia 12, o ministro determinou o bloqueio de contas de 43 empresas e pessoas supostamente ligadas a atos antidemocráticos. A decisão está sob sigilo e envolve empresas que teriam financiado os bloqueios ilegais feitos em rodovias e manifestações antidemocráticas e com pautas inconstitucionais em frente a quartéis do Exército.