O furacão Milton já chegou à Flórida, trazendo ventos devastadores que atingem até 230 km/h, afetando cidades como Tampa e Orlando. Rodrigo Nunes, natural de Itapetininga que atualmente mora no sul da Flórida, em Miami, compartilha sua experiência durante a tempestade.
Nunes diz que, no início da semana, houve um esgotamento temporário de água nas lojas, mas a situação já se normalizou, permitindo que os moradores pudessem se reabastecer. “Alimentos não perecíveis estão disponíveis, e os postos de gasolina estão bem abastecidos, aliviando um pouco a preocupação de todos nós”.
Especialistas em meteorologia alertam que essa pode ser uma das piores tempestades a atingir a região em quase um século, com ondas que podem ultrapassar os 4,5 metros e chuvas intensas que têm potencial de superar 38 centímetros, colocando a segurança da população em risco.
“Ao longo da semana, nos mantivemos atentos às recomendações das autoridades. Sabemos que precisamos estar prontos para o que der e vier, então estocamos bastante água e alimentos não perecíveis. Aqui, tudo depende de eletricidade como fogão, geladeira, chuveiro, tudo funciona assim”, destacou o itapetiningano. “Além disso, preparamos nossas casas para um eventual apagão, que pode acontecer se a tempestade se intensificar.”
Enquanto Nunes e sua família se preparam para enfrentar a tempestade, a situação em Tampa se apresenta de forma mais crítica. Relatos de danos significativos começaram a surgir, com árvores derrubadas e danos em infraestruturas, deixando a população em alerta máximo. No entanto, os brasileiros na Florida se mantêm unidos, trocando informações e apoiando uns aos outros durante este momento “Estamos todos em alerta e fazendo o possível para proteger nossas famílias”, comenta Nunes.
Em uma atualização mais recente, Nunes trouxe uma mensagem de alívio: “Aqui onde moro, só ventania, mas nada demais. Estamos monitorando a situação, mas por enquanto, estamos bem.”
Furacão atinge o solo
O furacão Milton tocou o solo da Flórida por volta das 21h30 desta quarta-feira, dia 9, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Cerca de 11 horas depois, deixou o estado, nesta quinta-feira, dia 10.
A passagem do furacão deixou quatro mortos, mais de 3 milhões de pessoas sem energia elétrica, inundações e um rastro de destruição que autoridades ainda não conseguiram mensurar.
Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordens para sair de casa e procurar por abrigo imediatamente. A saída da população deixou cidades-fantasmas e provocou congestionamentos.
De acordo com meteorologistas, os ventos fortes de Milton podem danificar casas e derrubar árvores. Além disso, o furacão pode elevar a maré em até 4 metros e provocar inundações.