Por Mayara Nanini
O itapetiningano Lucas Ravacci é assistente social de carreira. Desde criança conviveu muito intimamente com pessoas dotadas dos mais diversos estilos culturais, sociais e humanos, reunindo em sua memória, grandes aprendizados e experiências, que auxiliaram não só no trabalho e atuação com os semelhantes, mas, na produção literária diária.
Desde os 15 anos se doa ao Município, com suas crônicas, biografias e alguns poemas para os jornais locais, sendo colaborador do Jornal Folha de Itapetininga, Jornal Mulher, Jornal Folha de Angatuba, Internet Jornal e Correio Paulista. Está envolvido com as ações do Centro Cultural Brasil e Estados Unidos (Casa Kennedy), o que gera em um maior apreço pelo universo cultural.
É um jovem criativo e com sede pelo movimento cultural da cidade. Prova disso foi em 2020, ao inaugurar a página “Crônicas de Segunda”, nas redes sociais., onde é todas as segundas-feiras publicava uma nova crônica com recordações da vida, ações do cotidiano, lembranças e testemunhos de seu tempo e da nossa gente, a fim de melhor lidar com as amargas vivências da Pandemia da Covid 19. “A página foi batizada como “Crônicas de Segunda”, não apenas por ter uma publicação as segundas, mas, por julgar que minha produção literária não era, nem é de primeira”. Hoje, ocupa uma cadeira vitalícia na Academia Itapetiningana de Letras, tendo como meu patrono o grande compositor Teddy Vieira de Azevedo. E não é só. Em pouco tempo assumiu a secretaria da Academia. “Estou ciente que terei muito trabalho a executar, dada a necessidade de reorganização documental desde a sua fundação, organização das pastas individuais, resgate de textos antigos, produção de atas e expedição de documentos. Mas, espero com isso, auxiliar para o resguardo não somente literário da instituição, mas, também histórico e social”.
De um modo geral, ele vive o que acredita. Inspira cultura em qualquer detalhe do seu cotidiano. Valoriza a arte que vem dos antepassados e aquela que se cria em uma roda de crianças. Entende que a cultura é capaz de mudar o mundo, a partir de pequenos detalhes e, é por isso, que não se cansa de trabalhar por nossa cidade: “A criança no berço sentindo o olor de um feijão com toicinho está construindo sua cultura; o adolescente que lê Machado de Assis ou Joanne Rowling está construindo sua cultura; os adultos iniciados no ballet ou nas danças tropeiras estão construindo sua cultura. As pessoas que produzem aquarelas ou desenhos em grafite estão produzindo cultura, mas, o universo cultural inspira algumas preocupações, pois, de uns tempos pra cá, parece que as pessoas passaram a encarar a cultura como algo ofensivo aos valores brasileiros. Penso que, obviamente de forma equivocada, pois, embora alguma forma de expressão cultural possa ou venha nos desagradar, de alguma forma, ela faz parte do conjunto de aspectos inerentes de uma civilização, merecendo ser resguardada e, sobretudo, oportunizando que também nós sejamos agentes produtores de expressões culturais”.
Seu talento é inversamente proporcional à idade, já que tem um currículo extenso e demonstra profunda responsabilidade em toda sua contribuição. Há um comprometimento impecável em sua atuação, onde observamos amor pela cultura e valorização das raízes. Ele realmente se desdobra para formar um futuro onde pessoas sejam tocadas pela arte e ganha admiração de muitos. Atua nas causas sociais e culturais. Está onde muitos não conseguem chegar ou enxergar. É uma pessoa a quem devemos honrar e de quem devemos nos orgulhar. Itapetininga tem sorte em ser berço de pessoas tão engajadas. Logo, agradecemos por abrilhantar nossa Academia Itapetiningana de Letras com seu trabalho exemplar. Assim como em outras atividades, o secretariado, com certeza, será repleto de cuidado e projetos dignos de aplausos.