O inverno teve início na última quarta-feira, 21. Com a chegada das baixas temperaturas, especialistas têm alertado sobre os cuidados necessários que se deve ter com a imunidade, pele e a necessidade de manter o corpo aquecido, já que essa é uma estação de risco de doenças respiratórias, cardiovasculares, além do ressecamento da pele.
Segundo o médico José Otavio Vasques Ayres, otorrinolaringologista, o frio favorece a disseminação de vírus causadores de infecções respiratórias, como gripe, resfriado e seus derivados: rinite, sinusite, laringite, bronquite, otite, laringe amigdalite, traquelite, asma e pneumonia.
“Uma medida necessária para evitar o contágio, é evitar aglomerações, principalmente em lugares fechados; evitar tocar na face, e quando fizer, lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel antes, além das vacinas de gripe que são muito necessárias e importantes para evitar esse tipo de doença e também, a vacina contra pneumonia em caso de idosos”, explicou o médico.
O médico também falou da importância de aumentar a imunidade, tendo boas noites de sono, se mantendo aquecido, se alimentando bem a partir da ingestão de muita fruta, verdura e legumes, se mantendo hidratado ao longo do dia e evitando situações de estresse.
“Pois, devido ao frio e ao ressecamento do ar, aumenta muito nesta época do ano as doenças cardiovasculares, com mais riscos de infarto, AVC e hipertensão; que são doenças que situações de estresse também interferem muito”, relatou.
É necessário que o indivíduo utilize roupas apropriadas para o clima gelado para assim, evitar o choque térmico.
Acontece muito de as pessoas tenderem a ficar mais em locais fechados, sem ventilação. As mucosas do sistema respiratório costumam ficar irritadas com o clima frio e seco, o que faz com que haja essa maior incidência de doenças virais e infecções por vírus e bactérias.
Alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis a infecções por vírus e bactérias, que aumentam durante a época de frio. Doenças que parecem “inofensivas” podem causar complicações a essas pessoas. Um exemplo é a gripe, que causa consequências graves a 3,5 milhões de pessoas a cada ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os grupos que estão mais vulneráveis a essas doenças são: crianças abaixo de cinco anos, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos – são pessoas que vivem com HIV, transplantados, que fazem uso de medicamentos imunossupressores ou que possuem alguma doença que ataca o sistema imunológico. Elas têm a imunidade mais baixa e por isso estão mais vulneráveis a infecções e complicações, caso se contagiem.
Em caso de contágio, o otorrino aconselha. “Quando sentido um sintoma, a pessoa deve procurar ajuda médica, pois o quadro que começou leve pode piorar. Também evitar a automedicação, pois pode agravar ainda mais estes sintomas no caso de uma medicação errada ou rejeição por parte do organismo”.