A revitalização da Lagoa da Chapadinha, no Parque Ecológico Regina Freire, em Itapetininga, está em andamento com um investimento de R$ 500 mil. As obras, iniciadas no último dia 05, são resultado de uma parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, através do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), e a Prefeitura de Itapetininga. O projeto visa desassorear a lagoa, retirando sedimentos e material orgânico acumulados ao longo dos anos.
Morador da região, Márcio Silvano, expressou sua satisfação com as obras. “Eu acho que a obra está ficando bonita. Eles estão fazendo a obra lá e está ficando muito boa. Está tendo manutenção certinha e deixando tudo em ordem. Melhoraram muito, estava secando. Estão preocupados em lazer, colocaram quadra de basquete de areia, outras coisas também”.
O DAEE informou que o desassoreamento ocorre nas bordas da lagoa, com o objetivo de aumentar a volumetria e disponibilidade hídrica. Durante a execução, pode ocorrer a turvação na água devido à movimentação dos sedimentos. Não há remoção de material orgânico, apenas de sedimentos granulares provenientes do assoreamento. A Secretária de Meio Ambiente de Itapetininga formalizou a Inexigibilidade de Licenciamento Ambiental, sendo realizado um ensaio sobre o sedimento removido antes e depois dos serviços.
Para evitar possíveis impactos ambientais, são utilizadas “ensecadeiras” durante a execução dos serviços, que não impactam negativamente a lagoa. Barreira de sedimentos são usadas para proteger as espécies nativas. A qualidade da água deve melhorar com o desassoreamento, aumentando a oxigenação e contribuindo para a fauna e flora aquática. No entanto, o DAEE esclareceu que o monitoramento da qualidade da água não faz parte do Programa Rios Vivos.
A distribuição do investimento de R$ 500 mil é feita conforme as medições da empresa executora, que apresenta a topografia e o relatório dos serviços executados. O prazo de 60 dias para a conclusão das obras é considerado realista, com desafios como a destinação dos sedimentos removidos e intempéries climáticas.
A Prefeitura de Itapetininga, através da Secretaria de Obras, pede a compreensão dos frequentadores do Parque Ecológico Regina Freire durante o período das obras. Com a revitalização, a expectativa é atrair ainda mais visitantes e turistas para a região, melhorando a infraestrutura de lazer e preservando o ecossistema local.
Ainda em nota a Prefeitura informou que a prevenção da eutrofização é importante porque esse fenômeno forma uma camada verde na superfície da água, bloqueando a luz e diminuindo o oxigênio. Isso impede que as plantas submersas realizem a fotossíntese, reduzindo ainda mais o oxigênio, o que pode matar muitos organismos aquáticos. A eutrofização também diminui a transparência, altera a cor e o odor da água, produz mau cheiro e substâncias tóxicas por algumas algas, e impede o uso da água para recreação, turismo e paisagismo.