Nesta quinta-feira, dia 18, as ações da prefeitura de Itapetininga relacionadas a população de rua foram criticadas pelo Padre Júlio Lancelotti, muito conhecido pelo trabalho social que realiza na capital com moradores em situação de rua. “Na operação higienista de Itapetininga quem é da cidade vai para albergue quem é de outras cidades mandam embora. Inacreditável! Aporofobia em ação”, publicou o padre. Ao Jornal Correio, a prefeita Simone Marquetto informou que entrou em contato com o padre para falar sobre o trabalho realizado no município.
“Após os comentários do Padre Júlio Lancelotti, imediatamente entramos em contato com ele para explicarmos sobre todos os serviços sociais realizados pelo município com relação aos moradores em situação de rua. Temos a mesma visão cristã sobre este tema e é natural, até pela distância geográfica, que ele não esteja familiarizado com os programas que desenvolvemos em Itapetininga”.
A prefeita contou que explicou a ele sobre a Casa Rais, um programa pioneiro, criado na primeira gestão da prefeita, de atendimento a este público que oferece hospedagem, lavanderia (inspirada nos moldes do Vaticano), as principais refeições, oficinas, acompanhamento médico e social, para moradores da nossa cidade.
“Também destacamos que temos em parceria com a Igreja, um convênio com o SOS para atender os moradores em situação de rua, que passam pela cidade e não são de Itapetininga, oferecendo toda a estrutura necessária”.
A chefe do executivo disse ainda que assim como as pessoas mais fragilizadas, em situação de rua, necessitam de nosso apoio para se reinserirem à sociedade e suas famílias, também não se pode ignorar que, infelizmente, pessoas mal-intencionadas e maus elementos se infiltrem a essas comunidades. “E, justamente por isso, para garantir a segurança e ordem à população de Itapetininga no acesso a espaço públicos, nossa Secretaria de Segurança Pública precisa sim, intervir preventivamente para evitar a presença de maus elementos junto aos moradores em situação de rua”.
Marquetto reforçou que fez o convite para que o padre conheça o trabalho. “Como católica e gestora, fiz questão de convidá-lo a conhecer pessoalmente nossos programas para que ele possa acompanhar o trabalho sério realizado em Itapetininga sobre esse tão importante tema. Recebemos críticas pelo trabalho voltado aos moradores em situação de rua em Itapetininga e para o resgate da dignidade desse público, mas sempre acreditei no diálogo, na perseverança e na fé, e é com base nesses pilares, que trabalho, diariamente, sem julgamentos, pela construção de uma cidade e uma sociedade mais justa e fraterna”.
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