A economia paulista deverá receber, até o final de 2023, a título de 13° salário, cerca de R$ 86,1 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil e 59,3% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,6% do PIB estadual. levantamento divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo os cálculos, 23 milhões de pessoas devem receber o 13º no estado. O número equivale a 26% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Sudeste, corresponde a 55,6%. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 66,7%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 33%.
O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,9%. Por segmento, os valores serão distribuídos da seguinte forma: os empregados formalizados ficam com 75,1% (R$ 64,7 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 18,3% (R$ 15,7 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 4,4% (R$ 3,8 bilhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 2,2%.
Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2023, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Estimativa setorial para o mercado formal
Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 52,3 milhões de trabalhadores em todo o país, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 199 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano.
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 62,5% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 16,1%; os comerciários terão 13,1%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 4,1%, enquanto 4,2% serão recebidos pelos trabalhadores da agropecuária.