No próximo sábado, 27, às 10h30, é o horário da saída da Passeata Quebrando o Silêncio, que vai partir da Praça Gaspar Ricardo, 07 e percorrer a região central da cidade. São 200 pessoas com faixas e cartazes – que irão para as ruas para quebrar o silêncio contra a violência infantil, da mulher e do idoso. No trajeto serão distribuídos materiais da campanha como folhetos, revistas e a participação da Fanfarra do Clube de Desbravadores (semelhante aos Escoteiros).
A intenção é de promover um grito pela paz, a fim de orientar e conscientizar a população no combate e prevenção à violência doméstica e psicológica contra mulheres, crianças e idosos. Só neste ano o Brasil registrou 44 mil denúncias de violência contra os idosos e 60 mil contra crianças e adolescentes. É mostrar para a sociedade que não se deve se calarem caso sejam vítimas de algum tipo de abuso ou violência, orientados sobre como reagir e onde denunciar.
Campanha Quebrando o Silêncio
A campanha é uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, promovida desde 2002 em oito países da América do Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai). O projeto é desenvolvido ao longo de todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado de agosto, com ações de conscientização social sobre este tema para reforçar a importância da denúncia para combater os atos de abuso e agressão domésticos e o quanto este ato pode salvar vidas.
Violência psicológica
A cada ano, o Quebrando o Silêncio aborda um tema diferente sobre violência. Em 2022, a temática é voltada à violência psicológica. Levantamentos feitos por diferentes órgãos ligados à saúde e à segurança constatam que a violência psicológica é o tipo de abuso mais recorrente, antecedendo, em muitos casos, outras formas de agressão. Está presente nos lares e ambientes acadêmicos e de trabalho, sob a forma de ofensas, chantagens e ameaças. Por não ser um ato físico, esse tipo de agressão ainda é muito velado e subnotificado aos órgãos de segurança. No entanto, é reconhecida como crime em diversos países, dado o seu potencial danoso à vítima.
No Brasil, a lei 14.188/2021 criminaliza a violência psicológica contra a mulher. De acordo com o artigo 147-B, constitui-se como tal crime qualquer ato que cause “dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”.
Orçamento municipal é de quase R$ 850 milhões
A Prefeitura de Itapetininga enviou para discussão e votação na Câmara Municipal o orçamento da Prefeitura para o próximo ano que deverá alcançar quase 850 milhões de reais, um aumento...