Itapetininga tem 41.973 pessoas cadastradas no Cadastro Único (Cad Único). Ao dividir este valor pelo número de habitantes, aproximadamente 25% das pessoas se encontram no estado de pobreza ou extrema pobreza. Os dados são referentes ao fechamento do primeiro quadrimestre divulgados pelo Governo Federal que apresenta um conjunto de informações individuais e de famílias brasileiras que vivem nesta situação.
Deste montante, 4.184 (28%) famílias recebem de R$0,00 até R$89,00. Outras 2.699 (18%) recebem de R$89,01 até R$178,00. Já 4.689 (31%) recebem de R$178,01 até 1/2 salário mínimo e 3.324 famílias (22%) tem como renda o valor de até um salário mínimo.
Em 2013 havia cerca de 13 mil pessoas nesta situação. Este número em setembro 2017 caiu para 11.267 famílias. Porém, conforme os dados do Ministério da Cidadania, em abril de 2021, 14.896 pessoas encontram-se em situação de pobreza ou extrema pobreza, maior número da série registrada pelo Cad Único. O programa teve início em 2003, mas o Governo Federal não disponibiliza de forma oficial os valores e números de contemplados anteriores a 2013.
Atualmente, 41. 937 pessoas estão cadastradas. Deste montante, 11.899 (28%) recebe de R$0,00 até R$89,00. Já entre as pessoas que recebem de R$89,01 até R$178,00, o número é de 9.314 (22%). Outros 14.599 (35%) itapetininganos têm renda per capita mensal de R$178,01 até 1/2 salário mínimo e outros 6.161 (15%) possuem renda que chega até um salário mínimo.
A cientista social Thais Maria Souto Vieira, explica que o aumento da pobreza tem relação com um contexto econômico nacional, porém também tem suas especificidades. “Itapetininga nunca foi uma cidade com média salarial elevada se comparada com outros polos regionais. A desigualdade social, ou seja, a distância entre o mais pobre e o mais rico, é bem grande”.
Para a cientista social é preciso avaliar os aspectos econômicos do município. “Os tipos de emprego que a cidade tem gerado. A fama da cidade de elevado PIB agrícola não se reverte para a população como um todo. Além disso, a renda não é suficiente pra observar a situação dos mais vulneráveis. É importante refletir sobre a questão da moradia, educação, saúde, acesso à cultura e outros direitos sociais garantidos na Constituição Federal de 1988”, salienta.
O Cadastro Único é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. São consideradas famílias de baixa renda aquelas que possuem renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo R$ 522,50. São consideradas pessoas que vivem em extrema pobreza pessoas com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00 e de pobreza com renda mensal por pessoa entre R$89,01 até R$ 178,00 e que tenham, na composição familiar, crianças/adolescentes de 0 a 15 anos, gestantes e/ou nutrizes.
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,56%
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,31% para 6,56%. A estimativa está no Boletim Focus desta semana. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,8%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7% ao ano. Na semana passada, essa previsão era de 6,75%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.