Na última semana quem passou pela praça Peixoto Gomide, área central da cidade, observou que árvores que compõem a paisagem tiveram os troncos pintados com cal. Especialistas alertam que este procedimento é de extrema inutilidade, pois há um folclore no qual a caiação impede a ação de formigas e outros isentos. Em alguns cidades esta técnica é proibida.
Segundo o engenheiro florestal, Felipe Frigieri a caiação ao invés de fazer bem para árvore ainda pode ser mais prejudicial. “Não tem estudos que falem que faz bem pra saúde da planta. Vale salientar ainda que as estruturas lenticelas dos troncos servem também para trocas gasosas e ao pintar fecham-se esses, poros”, alerta o especialista.
Frigeri destaca outros dois pontos quando estas árvores são pintadas com cal. Um deles é perda de tempo e dinheiro. Ele também alerta que do ponto de vista paisagístico elas perdem a beleza rústica que o tronco contrasta, principalmente nas praças e via urbanas.
A prática da caiação é uma técnica milenar e utilizando em árvores frutíferas para tratamento fitossanitário. “Esta substância destrói todo o ecossistema do tronco”, apontam estudos do professor Demóstenes da Silva, do departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo (USP).
Algumas prefeituras tem proibido esta técnica considerada arcaica pelos especialistas. A cidade de Santos desde de 2011 a caiação. Nem os próprios moradores podem utilizar este método, inclusive quem fez este procedimento teve que remover toda a pintura.
Em Itapetininga, em 2017, o Código de Postura inibe em no Art. 29, parágrafo 1º danificar de qualquer forma qualquer vegetal de porte arbóreo e mudas definidas. Mas de forma contraditória o segundo parágrafo do mesmo artigo que deveria proibiria caiar, pintar, pichar, fixar pregos, faixas, cartazes ou similares em árvores – foi suprimido.
Outro lado
A Prefeitura de Itapetininga, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, informa que a adição de cal virgem, que deu a tonalidade branca aos troncos, foi usada para combater a proliferação de fungos. Não há legislação em vigor que impeça a prática. Ainda, de acordo com técnicos da Secretaria, não houve nenhum dano aos exemplares. Também, dentro do projeto de zeladoria e para garantir ainda mais segurança a pedestres, motoristas e feirantes, foi realizada a poda preventiva das árvores na Praça Peixoto Gomide.
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