Durante o inverno, o amanhecer e o entardecer transformam o céu em cores vibrantes. No entanto, há algo especial nos tons que adornam o céu nesta estação. Especialistas apontam que essa beleza é resultado de uma combinação única de fenômenos atmosféricos e astronômicos. Segundo o diretor do Clube Centauri, professor Rodrigo Raffa, essas cores podem ser influenciadas por diversos fatores.
Durante as tardes, período que segue imediatamente o pôr do sol ou, ainda, ao nascer do sol, o céu se ilumina com nuances que variam do azul profundo ao laranja e vermelho intensos. “Um dos principais elementos é a inclinação mais ao norte devido à precessão do equinócio, que afeta a posição do sol em relação ao horizonte”, explica Raffa.
“Além disso, o ar mais seco típico do inverno contribui para uma menor dispersão da luz solar, intensificando as cores que vemos no céu”, explicou. A presença de certos gases poluentes na atmosfera também desempenha um papel crucial. “Esses gases podem absorver e refletir a luz que criam tonalidades únicas, especialmente ao amanhecer e ao entardecer”, complementou o diretor.
Mas não são apenas os aspectos atmosféricos que tornam o inverno tão especial para admirar o céu. “Para o hemisfério sul, é durante o inverno que a região de maior densidade estelar da galáxia está mais proeminente no céu noturno, enchendo-o com uma espetacular exibição estelar”, destacou o professor.