O Recinto de Exposições Acácio de Moraes Terra deve se tornar em breve posse do município de Itapetininga. Não é de hoje que o poder público municipal pleiteia a área e a doação de fato está em curso. Esta semana, o prefeito Jeferson Brun (PSDB) informou ao Correio que o processo está adiantado e a cidade aguarda o decreto do governador. “Foi um processo demorado, porque no documento precisa constar tudo o que há de construção na área. Em 2022, a doação não aconteceu porque era ano eleitoral e a legislação não permite esse tipo de doação em ano de pleito. A gente aguarda que neste ano saia, porque só falta o decreto do governador”.
Os planos do prefeito para o espaço são otimistas, a ideia é que o recinto que desde 2020 por conta da pandemia não recebe o seu principal evento, a Expoagro, seja uma opção de lazer a exemplo do Parque da Lagoa Regina Freire. “O espaço pode receber atividades culturais e esportivas durante todo o ano”, contou.
A exposição agropecuária de Itapetininga é um dos principais eventos do seguimento no Estado, resultado de tamanha importância é que a Lei nº 17.086, de 27 de junho de 2019 incluiu a feira no calendário oficial do Estado de São Paulo. Em 2022 ela chegou a ser anunciada, mas uma nova onda da Covid-19 fez com que a prefeitura que desde 2018 assumiu a organização do evento cancelasse a edição. Para este ano, o prefeito ainda não confirmou se a festa volta ao calendário.
O chefe do Executivo também se manifestou em relação ao estado de abandono que o recinto se encontra. “Apesar de não ser responsabilidade da prefeitura, a situação do local que é parte do nosso município nos importa e o Estado sabe como está a situação do recinto. Não tem energia, não tem água etc…”.
Em 2020, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretária da Justiça e Cidadania e a Fundação Itesp, durante a entrega de 50 títulos de regularização fundiária no município de Itapetininga, entregou à Prefeitura a planta do levantamento georreferenciado e das edificações do Recinto de Exposições “Acácio de Moraes Terra”.
Além de receber eventos, feiras, shows, o recinto é sede um dos patrimônios culturais tombados do município, a sede da Fazenda Tenente Carrito.
Recentemente o Jornal Correio abordou a situação de abandono do espaço, A falta de limpeza e manutenção chama atenção. O assunto foi discutido na Câmara Municipal. Um requerimento apresentado pela vereadora Marina Nalesso (PP) solicita informações acerca do responsável pelo recinto. O documento reúne uma série de fotos que mostram construções destelhadas, fios soltos pelo chão, mato alto, lixo de construção civil etc…
Na ocasião, a assessoria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado informou ao Correio por meio de nota que a unidade não pertence a pasta, apesar da placa de identificação do local constar o nome da secretaria.