Itapetininga tem 47.813 pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza. Isso significa que 17.770 famílias se encontram dentro desta condição social. As informações são do Governo Federal através do Cadastro Único, banco de dados de informações que permite identificar a classe social do brasileiro através da baixa renda mensal. Comparado a 2020, último balanço de dados, mais 6.845 pessoas passam a ser assistidas por programas de assistência social e redistribuição de renda. Os dados são referentes ao primeiro quadrimestre de 2022.
As informações do Governo Federal ainda apontam que 17.770 famílias estão em situação de pobreza ou extrema pobreza. Deste total, 32% das famílias vivem em situação de extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00). Famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa entre R$89,01 até R$ 178,00 por pessoa) representam 18% do montante. Este balanço se refere ao primeiro quadrimestre.
Ainda conforme os dados, 5.153 são famílias de baixa renda, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa a metade de um salário-mínimo. Por último, 3.682 vivem com valores que não ultrapassam meio salário mínimo.
O cientista social José Roberto Rodrigues explica que a situação econômica de Itapetininga acompanha o cenário nacional. “Isso é reflexo de uma economia fragilizada, altos índices de desemprego ou empregos precários depois da reforma trabalhista. E o pior, pensando na cidade, estão números traduzem que 30% da população está situação de insegurança alimentar”, alerta o professor.
Solidariedade
Neste cenário de insegurança alimentar ocasionada pela situação de pobreza no munícipio, ONGs e igrejas tem contribuído para diminuir o impacto dos problemas sociais. Presidente da instituição Novo Tempo, Fabiana Alves conta que está difícil atender a demanda.
“Entregamos 70 cestas básicas por mês. Além disso fazemos a distribuição de aproximadamente 500 kg de alimentos diariamente. Uma parte na nossa sede, outra no bairro da Vila Palmeiras e para instituições que trabalham com pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza”, conta Fabiana.
“Só no projeto Estrela Solidária, da Paróquia Nossa Senhora das estrelas entregamos de 90 a 100 cestas básica para famílias de baixa renda”, explica o coordenador Dirceu Tobias.
O Jornal Correio entrou em contato com a Prefeitura Municipal e segundo a Secretaria da Promoção Social, no período de janeiro de 2022 até a presente data, já foram fornecidas mais de 21 mil cestas básicas, tendo como média mensal cerca de 3 mil unidades, quantitativo que representa mais de 300% de aumento nos atendimentos nos últimos quatro anos.
A Secretaria de Promoção Social ainda informa que suas ações também são pautadas ao atendimento prioritário às famílias em extrema vulnerabilidade social por meio dos serviços realizados nos CRAS, CRAM, CREAS, Sede da Secretaria Municipal de Promoção Social, Casa RAIS e Parada Jovem.
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