A Polícia Civil de Itapetininga está investigando um suposto esquema de ‘rachadinha’ na Câmara Municipal envolvendo o vereador Claudinei José Ramos, o Nino, do PDT. O pedido de abertura de inquérito policial veio do Ministério Público. O promotor Dalmir Radicchi fez o encaminhamento para a Delegacia Seccional para requisitar a instauração de IP depois de receber uma denúncia apontando as irregularidades. O vereador nega as acusações e diz que documento em que se baseia a denúncia é falso.
Ao Jornal Correio, o Ministério Público informou recebeu uma denúncia anônima baseada em um ofício protocolado na Câmara Municipal. O ofício no legislativo protocolado por Darcy Figueira dos Santos Junior pedia abertura de uma Comissão Processante e tem como base um documento que circula nas redes sociais supostamente assinado pelo vereador. Trata-se de um contrato de trabalho em que uma mulher receberia R$ 2,4 mil para trabalhar como assessora parlamentar do vereador. Mas, a mulher citada no contrato não consta nos registros do Recursos Humanos da Câmara.
O promotor fez o encaminhamento denúncia para requisitar que a seccional instaurasse um inquérito para investigar o caso. Segundo apuração da reportagem do Correio, algumas pessoas inclusive já prestaram depoimento nesta semana.
Ao Correio o vereador negou as acusações. “O documento é falso, não fui notificado nem pelo MP nem pela Polícia Civil. A denúncia também não foi aceita pela Câmara e eu vou processar o denunciante por calúnia e difamação”, disse por telefone.
Em nota, a Câmara Municipal informou que a denúncia no legislativo foi arquivada porque ela não apresentava os documentos pessoais do denunciante.
O Jornal Correio também entrou em contato com a prefeitura de Itapetininga, o suposto documento teria sido firmado na prefeitura e o vereador é servidor municipal. O executivo informou que até o momento, não foi notificado do caso.
A reportagem não conseguiu contato com a mulher citada no suposto contrato.
O denunciante na Câmara, Darcy Figueira dos Santos Junior, não retornou as ligações. Vale reforçar que a denúncia no Ministério Público foi anônima baseada na denúncia de Darcy.