Já que o chamado “tríduo momesco” como é chamado o carnaval brasileiro (o sábado não é contado, não sei porquê) pelas razões que todo mundo conhece, não pudemos ver nas telinhas televisivas (principalmente na Globo e Globo News) a folia de 2021, já que está não aconteceu. Claro que sentimos falta dos blocos e escola de samba daí alternativa de escolher outros programas para substituir o silêncio do Rei Momo. Felizmente, houve algum de bom gosto. No sábado, 13, pontualmente às dez horas da noite aconteceu no Globo Play (que foi aberto na ocasião, também para os não assinantes) à “live” ou o recital da cantora Maria Bethânia.
Um “live” bem profissional realizado no teatro do Rio de Janeiro ao vivo. Sabemos que aqui em Itapetininga o programa foi assistido por pessoas que gostam muito de música popular brasileira, como Maria do Rosário Silveira Porto e Maria Nivea Guarnieri Machado, ambas da Academia Itapetiningana de Letras. A baiana Maria Bethânia como sempre um “show”. Cabelos compridos brancos, magra, com colares e pulseiras acompanhadas de um (excelente) conjunto musical que interpretou canções sobre o seu torrão natal, o MPB clássico de Francisco Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Chico César (como aquela belíssima canção cujo o texto diz “…Onde estará meu amor”). E Bethânia foi bastante Bethânia nos sambas de “dor de amor” como molambo (eu sei que vocês vão dizer…), “lama” (se quiser beber eu bebo, se quiser fumar eu fumo…), “Bar da noite” (garçom apague essa luz…) até o sertanejo moderno “Evidências” que na voz dela deu para entender bem a letra. Um “programão”.
No domingo carnavalesco(?), 14, o telecine Cult, (Net, Sky e outras) apresentou quase o dia todo (e noite!) o Festival Audrey Hepburn, uma homenagem à atriz, nascida na Holanda que foi a estrela de grandes produções de Hollywood, USA e dirigida por famosos diretores. Na maioria dos filmes o seu nome aparece em primeiro lugar nos créditos. Quem teve tempo ou pode assistir alguns clássicos interpretados pela estrela Audrey Hepburn (graciosa, leve, risonha, elegante, boa atriz) como “A Princesa e o Plebeu” (com Gregory Peck), “Sabrina” (com Humphrey Bogart), “Guerra e paz” (com Henry Fonda), “Minha querida dama” (ou My Fair Lady) (com Rex Harrison). Na falta das baterias da carioca Mangueira e da paulistana Vai-Vai, de ala das baianas, da porta-estandarte e mestre sala, dos carros alegóricos, do Cordão do Bola Preta e da Banda de Ipanema, pelo menos os filmes de miss Hepburn, são agradáveis de se ver. Mais faltou Brasil nas telas do domingo carnavalesco.
Já na segunda-feira, 15, o presidente do Museu da Imagem e Som de Itapetininga Roberto Soares Hungria, à noite apresentou na TVI (local) uma entrevista com o saudoso professor de Educação Física Frederico Werner Krapf Filho, o conhecido itapetiningano “Ninho”, exímio nadador (com mil medalhas nacionais e internacionais) e que deu suas braçadas em varias piscinas mundiais. “Ninho” contou emocionado sobre a Itapetininga dos anos 1950 – 1960. Como: O próprio nome da confeitaria de seus pais na Monsenhor Soares, próxima do antigo Cine Olana que uns chamavam de “Confeitaria Werner” e outros “Gelados”, o próprio letreiro era dúbio. Que anunciava os dois nomes. Local de doces finos (receitas próprias) e da incrível “balalaika”, um tipo de sorvete especial. E ainda segundo “Ninho” a mudança do “footing” do Largo dos Amores para a Monsenhor Soares. E Muito mais.
Na terça-feira, 16, uma orquestra alemã de Berlim, executando músicas tipo “cabaret” que antecederam o nazismo de Hitler. Até a deliciosa “cubanacan” uma rumba de Ernesto Lecuana, no canal Film&Arts.