Na semana passada a entrada da candidata Kamala Harris para começar seu discurso a presidência dos Estados Unidos, num enorme estádio em Chicago fez-me lembrar de antigos (bem antigos!) tempos de audição da Rádio Nacional do Rio de Janeiro (das décadas de final de 1940 e início de 1950) quando a emissora carioca estava no seu apogeu queridíssima em todo o Brasil) e a lembrança era do seu auditório de seiscentos e vinte e tantos lugares, disputadíssimos, principalmente quando o animador Cesar de Alencar (sempre aos sábados, a tarde) anunciava a presença das cantoras do seu elenco, Emilinha Borba, Marlene ou Angela Maria, estrelas máximas de popularidade brasileira. Elas, como Kamala Haris eram ovacionadas pelo auditório da Rádio por minutos.
Foi o que aconteceu com a Kamala aplaudidíssima pelo público presente até chegar ao pondium do estádio para aceitar o pedido do seu partido para substituir John Biden que seria o candidato.
A agora indicada Kamala parece que deu um novo ânimo nos eleitores do Democrata, juntamente com seu vice. O discurso dela foi bastante elogiado por comentaristas políticos de lá e daqui. Primeiramente contou de sua infância pobre (pertencendo a uma família de poucos recursos econômicos mas sempre levando em frente pela sua mãe). Depois falou dos problemas internos do próprio Estados Unidos prometendo lutar contra a inflação econômica que atualmente solapa a capacidade de compra da classe média norte-americana e por tabela a média inferior. Kamala prometeu mundos e fundos para acabar com este problema. Em relação a política exterior norte-americana, Kamala Harris, se eleita, irá fazer o possível (e o impossível) para que aconteça o fim da guerra que acontece em Gaza, Palestina, Oriente Médio.
Mas não tocou no assunto que irrita em muito o eleitorado jovem (principalmente) ou seja, o enorme auxílio que os Estados Unidos presta a Israel no que toca a vasta quantidade de armamento oferecidos pela nação norte-americana. Falou mal, muito mal de seu adversário do Partido Republicano Donald Trump taxando-o de inimigo da democracia entre outros assuntos ferinos.
O pai de Kamala quase não foi mencionado, parecendo ser uma ausência no convívio familiar. É economista e deu aula nesta disciplina, por uns tempos, na Universidade de Brasília, Distrito Federal. Talvez isto explique uma foto de Kamala segurando um DVD com os irmãos Maria Bethânia e Caetano Veloso na capa. Se eleita e se visitar este nosso solo, ótimo. Nem Trump e Biden deram ao luxo de pensar na América do Sul. Muito menos pisar este chão. Alguns renomados comentaristas políticos falaram com enorme entusiasmo de Kamala que parecem estar torcendo pela sua vitória.