No final de 2021, não chovia. Os reservatórios estavam ficando secos. A terra estava esturricada. Havia uma semelhança grande com o deserto. O ar estava rarefeito.
Falaram que as autoridades estavam apelando, até, para a dança da chuva. Viram alguns governantes dançando com pouca roupa e cocar na cabeça. Eu não vi, mas fiquei sabendo. Respeito os costumes dos meus ancestrais.
As igrejas cristãs fizeram cerimônias, pedindo clemência e diziam nas suas preces: “Tende piedade de nós.”
Surgiram as multas para quem lavasse os carros e as calçadas com a água do governo. Tudo era do governo. Os químicos acalmavam a população, dizendo que eles tinham poderes e já conheciam o H2O, fórmula da água, e podiam produzir em abundância. Esqueceram-se de que o grande jurisconsulto baiano, Rui Barbosa, dissera: “Deus é a necessidade das necessidades.”
A igreja Presbiteriana marcou um culto de oração. O pregador leu em I Reis 18:41 a 46. Falou sobre a oração de Elias. Discorreu sobre a vida do profeta, a predição da seca e como Deus agiu naquela época, tempo do rei Acabe. Leu Tiago 5, onde afirma que “Elias era homem sujeito as mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e por três anos e seis meses, não choveu sobre a terrra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
Depois da meditação, todos se ajoelharam e cada um, por sua vez, orou. Cantaram um hino.
Mariazinha, filha do Samuca, também cantou, porém com muito fervor e fé agradecendo a Deus a chuva. Via, com os olhos espirituais a chuva serodia e disse, louvando: “Eu te agradeço o pão de cada dia, a água que alivia a sede dura,/ e o sol que aquece a pobre gente fria,/ são bênçãos que enchem a terra de fartura.”
Terminou o culto de oração. Todos ficaram sem poder sair do templo, pois a chuva veio com bátegas abundantes. Só ela, a Mariazinha, filha do Samuel, que carinhosamente é chamdo de Samuca, tinha levado um guarda-chuva, pois tinha certeza que Deus iria ouvir o pedido dos fiéis. Todos foram orar, mas não levaram um guarda-chuva. Só ela tinha fé.
Jesus, o Redentor dos eleitos de Deus, disse: “Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” ( Marcos 17:15)