Manhã do primeiro dia do ano de 2023. A noite e pela madrugada foram ruidosamente celebrados a chegada de um novo ano. Mas lá pelas sete, oito horas da manhã, seria natural que a maioria das cidades brasileiras estivesse calma, de “ressaca” pela passagem. Mas em Brasília, capital da república, não. A agitação da noite anterior, continuou pela manhã, talvez com mais intensidade. Eram os preparativos para a posse do novo presidente da república eleito democraticamente. Após uma eleição com corridíssima onde o adversário tinha também milhões de correligionários numa disputa aguerrida como disseram vários comentaristas políticos.
O eleito, o novo presidente irá ocupar o cargo pela terceira vez após uma série de problemas ocorridos no segundo governo. Mesmo assim elegeu seu sucessor, ou sucessora, deixando o governo com setenta por cento de popularidade (por aí). Se pudesse candidatar-se de novo, em sequência, certamente seria eleito de novo (mas a Constituição não permite).
O presidente em questão é a cara do povo brasileiro. Vindo do sertão de Pernambuco como “pau de arará” para São Paulo. E foi metalúrgico no ABC e em 1977 liderou uma grande greve contra a empresa automobilística que trabalhava com um espírito combativo e uma oratória impressionante para convencer dez mil operários para paralização dos trabalhos. E daí não parou mais.
Com setenta e sete anos de idade, rechonchudo, paciente, receptivo, foi se tornando um dos maiores políticos brasileiros. Perdeu para ser candidato a governador de São Paulo, para presidência, e finalmente ganhou. Acusado por improbidade administrativa num processo (ou processos) que só mais tarde o Supremo Tribunal Federal considerou defeituoso, em um dos autores da acusação. Tão idolatrado pela mídia (impressa, ouvida e vista) foi aos poucos mostrando que haviam interesse maiores na culpabilidade do acusado do que se poderia imaginar. Segundo dizem os acusadores do então ex-presidente, tinham intenções maiores: impedir que se candidatasse de novo, em 2018, pois o político tinha maiores probabilidades de vitória. Preso, passou 580 dias encarcerado. No cárcere, leu muito e conversou muito com interlocutores sobre a situação do Brasil.
Anulado seu processo acusatório pelo mesmo Supremo Tribunal Federal, candidatou-se novamente. Ganhou, mas não foi fácil. Os preconceitos (principalmente de setores da classe média continuaram). Esta classe (não toda ela) dizia “ele não tem escolaridade!”. Mas precisa? Ele tem diploma de “honoris causa” das principais universidades ocidentais (ponto final).
Com a faixa presidencial, ele subirá na “limousine” escura, comprada por Getúlio Vargas em 1935 para uma festa para operários no Estádio do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. O novo presidente desfilará em carro aberto para ser aclamado pela multidão presente para ser empossado. O dia está propício, pelo menos não chove. Caravanas vindas de todo o país vieram para saudá-lo. Boa sorte Luiz Inácio Lula da Silva!
Falecidos da Semana
19 DE DEZEMBRO DE 2024 JOÃO MUNHOZ JACOB DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 19/12/2024 ÀS 17:41 HS EM ITAPETININGA-SP IDADE: 71 ANOS PROFISSÃO: APOSENTADO ESTADO CIVIL: CASADO COM A SRª ODETE MARIA...