Para quem gosta do espetáculo futebolístico no Brasil (e no mundo) e o acompanha pela televisão, ultimamente tem um novo olhar sobre os dois times que estão disputando a peleja suas torcidas organizadas ou não presentes nos estádios. Não só os apreciadores do movimento da bola como as câmeras televisivas. Ou seja, os movimentos que elas, torcidas, fazem antes, durante e depois das partidas.
Principalmente quando o time do “coração” vence. Eles, torcedores (antes eram alguns, hoje são muitos), fazem parte da cena esportiva. É só imaginar como era uma partida durante a pandemia da Covid (quando estava proibido o acesso de público) e agora. Por mais que fossem técnicas, faltava emoção no “match” (como era chamado nas décadas de 1950 e 1960 no jogo). Ouvia-se a voz dos jogadores parecendo um jogo de várzea (sem desmerecer as várzeas onde surgem grandes craques do futuro). Após um ano (ou mais) impedidos de verem os jogos “ao vivo”, as plateias tentam recuperar o tempo perdido lotando os campos, independente da classificação de seus times na série A (principal) do Campeonato Brasileiro de Futebol, o “Brasileirão”. O mesmo acontece na série B.
Durante a peleja, parte dos torcedores cantam o tempo todo louvores para o seu time e depreciativos para o adversário. Estas últimas, muitas vezes, são abafadas pelos sons televisivos das que são impróprias para menores. Também, muitos torcedores vão fantasiados de algo que lembre seus times preferidos. No caso dos mosqueteiros (do Corinthians) papagaio ou porco (Palmeiras) e personificando o santo da Igreja Católica (do tricolor do Morumbi). E por aí a fora…
E quando a própria torcida prepara o cenário acendendo os celulares e iluminando o estádio. Ou também: fazendo gestos precisos com os braços manifestando uma bela coreografia diante das câmeras.
A televisão mostra também a presença de famílias torcendo (idosos, crianças, até bebês), desmitificando um antigo lema que dizia: “Não levem mulheres e crianças aos estádios”. Hoje, levam sim, e ultimamente (prestem atenção!) os torcedores estão levando as bandeiras dos seus times de futebol tanto na Neo Química Arena (Corinthians), Allianz Parque (Palmeiras) e Morumbi (São Paulo), que até então não eram permitidas na capital, em virtude das brigas entre torcedores.
Ultimamente as torcidas brigam antes do jogo e longe do espetáculo. Só em São Paulo acontecia isto. A pergunta que sempre fica é: “O futebol é uma alienação do povo brasileiro?”. Para muitos é uma “válvula de escape” da realidade, sempre ingrata para a maioria da população brasileira: alto custo de vida, falta de assistência médica, falta de transporte coletivo, moradia própria (ou não), melhores escolas públicas, mais lazer, enfim tudo ou mais. Daí que o negócio é torcer…
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