Independente do credo religioso, todo e qualquer visitante que aporta na cidade, observa primeiramente seus possíveis e prováveis pontos turísticos e, estático, se posta, além de adentrar a Igreja da Matriz, atualmente Nossa Senhora dos Prazeres. E, indubitavelmente, se extasia com sua grandiosidade, “não em dimensões como a internacional Catedral de Nossa Senhora, em Aparecida do Norte”.
Mas este fabuloso templo, hoje em estado de reforma, teve sua pedra fundamental lançada nos idos de 1945, oficiada pelo então Bispo Diocesano de Sorocaba e com parentes nesta localidade, D. José Carlos de Aguirre. E, suas obras tiveram início com a construção das duas naves laterais, até as abóbadas nos anos de 46 e 47, sendo responsável pela Paróquia o Padre Dr. Antônio Brunetti, sob a provedoria do professor Antônio Antunes Alves, progenitor do conterrâneo e jornalista Murilo Antunes Alves.
O valor do projeto tornou-se de dimensão antológica, porquanto seu autor foi o conceituado arquiteto Benedito Calixto Neto, sobrinho do grande artista plástico Benedito Calixto, responsável por aproximadamente 300 projetos de igrejas por todo o Brasil. Não esquecendo, igualmente, que o arquiteto projetou, posteriormente, a grandiosa Basílica de Aparecida do Norte, considerada atualmente o maior templo católico do Brasil.
Durante os anos de construção do novo templo, exerceram o paroquiato de Itapetininga os sacerdotes Antônio Brunetti, Cônego José Pires de Almeida, Cônego Sérvulo Madureis e Cônego Luiz de Almeida Moraes, que dirigiu os destinos da paróquia por longo período e a quem se deve o grande impulso que tomaram as obras, notadamente com sua vitoriosa campanha para a colocação de piso, portas, implantação dos altares e construção da torre do batistério.
O cônego Luiz juntamente com o professor Antônio Antunes Alves identificaram-se perfeitamente com a cruzada tão bem delineada pelo padre Brunetti (falecido em 1° de junho de 1948) e contemplaram o término da gigantesca obra.
Sucedendo ao Cônego Luiz, passou a dirigir a Paróquia, a partir de maio de 1983, o Monsenhor Mario Sampaio Donato, depois Vigário Geral da Diocese – após a criação da Diocese em julho de 1998. O primeiro Bispo nomeado foi Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto, que permanece até os dias atuais.
Destaca-se que a imagem da Padroeira da Diocese foi esculpida em madeira pelo artista de fama internacional, Alfredo Oliani, o qual fez uma cópia autêntica da imagem que é venerada em Guararapes (PE), desde 1654, época da Invasão Holandesa no Brasil. O renomado escultor trabalhou dois anos ininterruptos para a execução da obra artística.
Campanha – Restando algumas obras a realizar, segundo projeto de Benedito Calixto Neto, a professora Zica Borba, diretora de escolas da cidade, liderou campanha para a consecução do calvário na parte central da Igreja e os quatro evangelistas nas partes laterais. Ao artista plástico local, Antônio Arthur de Castro Rodrigues, coube a incumbência de indicar um artista para executar essa obra. A escolha recaiu no escultor Alfredo Oliani para fazer as maquetes das esculturas e após concluí-las, mas, por motivos de saúde, deixou o encargo a Guido Zampol, que prontamente aceite a tarefa, executando as imagens que hoje se encontram na Catedral. Posteriormente, Antônio Arthur contratou o artista pintor Juraci Fernandes que executou a pintura sobre os seis altares laterais, seis painéis representando vários episódios da vida de Nossa Senhora como “A Anunciação”, “A Visita de Nossa Senhora a Santa Isabel”, “O Nascimento de Jesus”, “A Imaculada Conceição”, ” A Sagrada Família” e a “Coroação de Nossa Senhora”.
A primeira Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres é datada de 1768, a segunda foi inaugurada em 1872 e a terceira, hoje elevada a Catedral, é um templo de estilo românico, com a torre lateral do lado esquerdo, com o Batistério do lado direito. Tem 2 mil metros quadrados de construção. Foi iniciada em 1945 e o término demandou 20 anos de trabalho intenso.