Charlatão

Carlos Drummond de Andrade, numa poesia, cujo título é “Igreja”, numa das estrofes, disse: – “E nos domingos a litania dos perdões, o murmúrio das invocações. /O padre que fala do inferno/ sem nunca ter ido lá. ” Gosto das poesias do Drummond e tenho a sua obra completa, mas, às vezes, discordo de certas ideias e gosto de comentá-las. Para o ímpio, todo religioso é um charlatão assim como para o ateu, todas as religiões não têm razão de ser. Com todo respeito ao escritor modernista e a liberdade poética, cujas poesias gosto de ler, posso afirmar que não é necessário ir ao inferno para saber que ele existe. Eis as razões:
Jesus, que é Deus encarnado, disse aos discípulos: -“Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. ” Repete a mesma verdade nos versículos seguintes, basta conferir. (Mat. 5:25)
Cristo, que é a verdade, que liberta do pecado, por várias vezes, se referiu ao inferno. Disse ele, quando deu aos apóstolos poder sobre os espíritos imundos, bem como o poder de curar todas as enfermidades: -“ E não temais os que podem matar o corpo e não podem matar a alma, temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. ” (Mat. 10:28)
A Bíblia, que é a única regra de fé e prática do cristão, ensina que há dois lugares: O Céu e o Inferno. Tiago, irmão de Jesus, na sua carta, discorrendo sobre o tropeço na palavra, afirma que “ a língua está posta entre os nossos membros e contamina todo o corpo e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. ” (Tiago 3:6)
Pedro, o apóstolo, na sua segunda missiva, disse: -“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo–os lançados no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; …” (II Pedro 2:4)
Diante de tudo isso que foi descrito, tomando como base a Bíblia, a Sagrada Escritura, é necessário que se diga que só Jesus Cristo tem o poder de salvar o homem da perdição eterna. Todos os homens morrem. A morte foi imposta como estipêndio do pecado e está decretada a todos, pois todos, aos olhos de Deus, são pecadores. Cristo, no ato de morrer aqueles que creram nele e o aceitaram como salvador, libertá-lo-ás do aguilhão da morte. Deus salvará os cristãos que creram nele, isto é, no sacrifício vicário de Jesus. Foi por isso que João, o discípulo amado de Cristo, afirmou: – “ Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado. “
A morte para o cristão é uma passagem desta vida para a vida eterna no Céu.