Ele quis ser o primeiro, porém não foi. Havia muitos candidatos e um cargo só. Que alegria para o vitorioso! Que tristeza para os perdedores! Francisco caiu em depressão.
Não sei se o caro leitor sabe que Manuel Botelho de Oliveira, baiano, foi o primeiro poeta do Brasil. Ficou contente e orgulhoso por ser o primeiro filho das terras das Palmeiras a fazer publicar a suavidade do metro, isto é, o primeiro brasileiro a editar poesias.
Como é bom ser o primeiro!
Aluísio de Azevedo iniciou, com a sua obra “O Mulato” o Naturalismo na Literatura Brasileira. A Trindade Parnasiana brasileira é constituída pelos seguintes poetas: Olavo Bilac, o príncipe dos parnasianos, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. João da Cruz e Sousa, negro, é o nosso primeiro e grande poeta simbolista. Escreveu Missal e Broquéis. Na época foi cognominado “O Cisne Negro”.
Como é bom ser o primeiro!
Os pastores de Belém foram os primeiros a ver e visitar o menino Jesus. Lucas, o médico e o narrador do nascimento do Messias, afirma que depois que a Milícia Celestial anunciou o nascimento de Jesus, os pastores deixaram as suas ovelhas e foram apressadamente a Belém. Viram Maria e José e a criancinha deitada na manjedoura. Lucas diz que os pastores, quando viram o menino, divulgaram para Maria e José o que lhes tinha sido falado a respeito do menino. Diz ainda que todos que ouviam se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, diante de tudo isso, “guardava todas essas palavras, meditando-as no coração”. Depois, voltando para o campo, onde estavam as ovelhas, os pastores glorificavam e louvavam a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado pelos anjos.
Simeão, oito dias depois do nascimento de Cristo, tomou-o nos braços e disse, inspirado pelo Espírito Santo, uma vez que era um homem justo e piedoso: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, porque os meus olhos já viram a tua Salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para glória do teu povo de Israel”. José e Maria ficaram admirados do que se dizia do menino Jesus, porém Simeão só disse a Maria: “Eis que este menino está destinado, tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição, também uma espada traspassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”. A imagem da espada, conforme a explicação dos teólogos, significa que tudo isso não se dará a Maria sem custas, quando vir seu filho rejeitado e crucificado. (João 19:25)
Como é bom ser o primeiro, mas como é triste ser rejeitado!