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Confete, pedacinho colorido de saudades…

Sem sombra de dúvidas este mês de fevereiro de 2021, foi o mais melancólico e triste dos 44 anos da minha existência. Toda esta melancolia se deve ao fato de não acontecer o maior espetáculo da terra, a festa mais democráticas de todas, o Carnaval .
Com a pandemia ela se tornou completamente impraticável, apesar dos absurdos das festas clandestinas, mas aí é uma outra história.
Sou apaixonado por carnaval desde que me conheço por gente, mas não tinha como não gostar, mesmo se eu tentasse, está na corrente sanguínea, na genética. Meu tio Ivan Barsanti Silveira, colunista aqui do Correio de Itapetininga, é um dos maiores carnavalesco que nossa Itapê já teve.
Desde muito menino amava ouvir os discos de vinil de marchinhas e sambas enredo na sua vitrola. E foi com ele que desfilei pela minha primeira vez no antológico bloco “Babo Grosso” comandado pela saudosa Ivone Lisboa . Nos idos de 1983 eu tinha meus 6, 7 anos de idade e todo feliz com a fantasia de palhaço desfilei pelas ruas Virgílio De Rezende e quando o bloco adentrou a Campos Sales, a emoção do coração de menino foi a mil. Sou uma das testemunhas de que não existe lugar mais apropriado e “magico” como o de desfilar naquele espaço, não há! Por ser uma rua mais estreita , a acústica é perfeita e o calor humano é muito mais acolhedor e também por ser a mais bem localizada e a rua principal da cidade, que tem toda uma história!
Aí não parei mais de “foliar”, desfilei na lendária Aristocratas do Samba na Vila Santana, toquei tamborim na extinta escola da Vila Nova, e quem não seguiu o Vai Quem Quer do Carlos José Pereira, o Carlão. O bloco encerrava o desfile da maneira mais democrática possível, desfilavam foliões da classe A a Z.
E claro, não perdia nenhuma das matinês nos clubes, sempre fantasiado de algum super herói. Tudo era muito contagiante, a banda, confetes, serpentinas, máscaras, os borrifadores de água que jogávamo-nos uns nos outros e nos refrescávamos do calor, os amigos, as meninas, as primeiras paquerinhas, era tudo divino e maravilhoso.
Aí veio a adolescência carnavalesca… Mas aí é para a próxima coluna. O carnaval de Itapetininga foi tão marcante que daria hum ou dois livros. Tem muita história de momo muito boa para se contar aqui ainda
Enquanto isso vou tentando dar um samba na melancolia.
Até a próxima, queridos leitores

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