De salto alto

A derrota do Clube de Regatas Flamengo frente ao Al Hilail, da Arábia Saudita, no Marrocos, pela disputa do torneio de Melhor Equipe de Futebol do Mundo versão 2022 abalou, logicamente, os flamenguistas de todo o Brasil e grande parte dos comentaristas esportivos principalmente do eixo Rio-São Paulo. O torneio que é realizado anualmente em algum país subordinado a FIFA, organização que coordena o futebol mundial não é considerado tão importante na Europa como é na América Latina. Para representá-la, um clube deve ganhar em “um número” de jogo conquistas o “Torneio Libertadores da América”. E o carioquíssimo Flamengo foi campeão em 2022.

Noventa por cento dos comentaristas daqui colocaram a culpa da derrota primeiramente a diretoria do Flamengo por ter trocado de técnico, (apressadamente) próximo do Torneio. Saiu Dorival Junior (que ia muito bem!) e contratou o português Victor Pereira (ex-Corinthians Paulista). Em seguida, o próprio português foi alvo de muitas críticas por causa de algumas escalações que, segundo a mídia, foram malsucedidas. O Flamengo em 2019 possuía um técnico, também português, Jorge de Jesus. Com ele, o time carioca ganhou quase todos os títulos que disputou.

Com a saída de Jorge, o time começou a decair, mas, não totalmente, embora o brilho futebolístico das estrelas (como Gabigol) não foi mais o mesmo. De lá para cá passaram alguns treinadores (como Renato, por exemplo) mas que foram sufocados pelo próprio time. Jorge de Jesus tornou-se uma “sombra” para o time. A toda derrota ela era lembrada. Apesar das perdas, o rubro-negro continuava mimadíssimo pela crítica especializada.

Os jogadores eram perfeitos, os melhores do Brasil. Parte da crítica recusava-se a falar mal dos jogadores. O culpado seria sempre o técnico. Parecia que era o único melhor do Brasil. Daí que a mídia tem um pouco (ou muita!) culpa pela derrota do esquadrão carioca. O Al Hilil d Arábia Saudita) atuação. não estamos considerando o último colocado o africano AHL) é um bom time más o Flamengo de outros tempos poderia facilmente derrotá-lo. Desde que seus jogadores (mas nem todos) não entrassem em campo com salto alto, na base do “já ganhei”.
Não ganhou e voltou para casa apenas o terceiro lugar. E muito pouco para um campeão da “Libertadores da América”.

Se fato é foco…