E o vento levou…

Tenho uma amiga maravilhosa! Desde a primeira vez que tive a dádiva de pousar meus olhos em sua figura, admiro-a! Só não direi seu nome porque receio que seu marido fique brabo e, segundo dizem, o homem é valente uma barbaridade. Além do mais, o ilustre é faixa preta em caratê, jiu-jitsu, capoeira e mestre nas artes Ninjas… Há quem diga que o baita quebra paralelepípedo com o dedão do pé e já botou pra correr Maguila, Mike Tyson, Muhammad Ali, Éder Jofre… Então…
Mas, com todo respeito ao seu marido, minha amiga é uma filha de Deus elegante mesmo, charmosa, educadíssima e, se não bastasse adjetivos tantos, a divina é bonita, mas bonita de verdade! Seu manequim chama atenção pela harmonia do desenho e pela forma atlética, isto é, a moça é forte, melhor dizendo: era forte! Coitadinha!
De uns tempos para cá, a princesa deu de emagrecer, emagrecer, emagrecer… Da esplendorosa amazona que era, agora ela se equilibra na superfície do planeta, talqualzinha uma “Olívia Palito”! Judiação!
Curioso, perguntei à dadivosa, o que está acontecendo que ela está emagrecendo assim… Ela, elegante, como sempre, afirma que está fazendo regime!
Confesso: tô preocupado! Minha amiga tá tão desmilinguida, que do jeito que a coisa vai, a cidade poderá ficar sem a presença de uma estrela…
Daqui a pouco, ela não mais será vista na paisagem, de tão magrinha! Ficará mais fina que uma linha de pescar! Talvez, nem um microscópio nuclear possa me ajudar a vislumbrar o seu contorno divinal!
Receio que, com o passar dos dias, a distinta emagreça tanto que vire antimatéria e sem querer atravesse a barreira do espaço/tempo! Ai de mim! Nunca mais eu poderei degustar com meus humildes olhos, o seu deslumbrante desenho-maravilha…
Porém, antes disso, outro fenômeno poderá ocorrer: um vento distraído poderá levá-la às nuvens, igualzinho uma folhinha de papel de seda!
E eu, triste, triste, haverei de perguntar: cadê fulana?
Cidade inteira responderá:
O vento levou!