Antônio de Lisboa, Santo, também denominado Santo Antônio de Pádua por ter pregado e vivido muito nesta cidade, religioso franciscano, nasceu em Lisboa onde deixou memória de pregador eloquentíssimo. É o Santo mais popular de Portugal e também do Brasil. Ligam-se ao seu nome lendas grandiosas e as crônicas atribuem-lhe numerosos milagres (1195-1231). É considerado o Santo casamenteiro, isto é, as mulheres o procuram, através de pedidos diversos, em busca de futuros consórcios conjugais.
Pois este consagrado e exaltado demiurgo, responsável pelo relacionamento infindo de jovens, foi personagem de dramático episódio ocorrido há precisamente cinco anos em Itapetininga, num 13 de junho.
Naquela madrugada de um belo domingo que alvorecia, ruído estrondoso ecoou nas imediações da nossa bela e tradicional Catedral da Matriz, onde logo depois haveria a costumeira missa matinal. Bombástico e tonitruante era o barulho, despertando e ensurdecendo os moradores daquela área e proximidades.
Em todas as ruas circunscritas ao quarteirão – Monsenhor Soares, Cezário Mota, Saldanha Marinho e Venâncio Aires – residentes sentiam-se como estivessem sendo abalados por um forte terremoto. Vizinhos acordando com o barulho saíram às ruas comentando o acontecimento e a causa do imenso turbilhão.
Mais à frente, o misterioso ocorrido surgia. Um pesado trator, tendo em seu acento o “timoneiro como se julgando um vencedor” contemplava a casa há pouco então demolida implacavelmente. Tudo em ruinas, qual uma guerra que se desenrola atualmente na penalizada Síria.
Tratava-se da residência fidalga do saudoso professor Antônio Antunes Alves (seu Tônico), pai de Murilo Antunes Alves, um ícone do ensino em Itapetininga.
O imóvel havia sido vendido e o novo proprietário, embora houvesse prometido preservá-lo, sem nenhuma contemplação, colocou-o abaixo. E, em uma de suas paredes laterais, em artístico nicho encontrava-se a imagem de Santo Antônio, “admirada por todos que por lá passassem”.
A casa, uma das mais belas da cidade, cujo arquiteto foi também autor do projeto da majestosa sede do Departamento de Estrada de Rodagem (DER, na General Carneiro) constituía-se um cartão de visitas de Itapetininga e tinha as características das grandes mansões da Avenida Paulista.
Mármore de Carrara e vitrais da França davam graça e beleza à bela residência, que ornamentava o famoso Largo da Matriz. Este, igualmente visitado e admirado por todos, sobressaia-se por causa das plantas existentes, transformadas em enfeites artísticos, isto é, o das plantas executavam-se primorosamente animais, aves, portais e outras alegorias, embelezando todo aquele espaço. Tudo realizado pelo funcionário municipal Alfredo Palma – artista de mão tornou-se ruínas. E a estátua de Santo Antônio – o simpático casamenteiro – foi simplesmente soterrada, sem dó nem piedade, junto com milhares de livros da vasta biblioteca e outros luxuosos móveis e vários pertences daquele palacete. A prefeitura, na época, desapropriou o local e pretendia construir uma nova creche no local. Agora, ao que se comenta, na área será construída uma torre de 15 andares.
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