Donald Trump obteve uma vitória acachapante perante Kamala Harris nesta última eleição para presidente dos Estados Unidos. Tal vitória (em larga escala) causou surpresa na mídia brasileira (ouvida, impressa, televisionada e nas redes sociais) já que até o último momento as notícias que chegavam de lá mostravam uma acirrada disputa entre o candidato do Partido Republicano e a do Democrata.
Algumas pesquisas davam uma vitória de Trump no voto popular, mas em torno de dois por cento (por aí). Mesmo assim e como é sabido, as eleições presidenciais norte-americanas não se resolvem somente por votação popular, mas principalmente pela conquista dos delegados de cada Estado. Existem ainda os Estados-Pêndulos considerados decisivos para a sucessão. E Donald Trump ganhou em todos estes, tanto na votação do povo, como na conquista dos ditos delegados estaduais.
Comentários e comentários surgiram de lá tanto na mídia norte-americana como na brasileira. As mais importantes emissoras televisivas do eixo Rio-São Paulo enviaram analistas para lá. O que será que levou o loirão Trump a ter uma exuberante votação? Muitas análises foram feitas e talvez as explicações surjam num futuro próximo. Mas algumas situações foram muito analisadas, como: A candidata Kamala, do Partido Democrata, teve seu nome escolhido muito próximo das eleições, dada a desistência do então presidente Biden. Ela era vice-presidente, e lá como cá, o vice (ou a vice) tem atuação nem um pouco midiática, ou muito transparente.
Depois de muito tempo surgiu uma inflamação econômica e o americano médio não estava acostumado com isso. Surgiu até a notícia de que muitos jovens estadunidenses pró-Democrata não votaram em protesto ao excesso de aumento que o governo Biden enviou para o governo de Israel na luta deste contra os palestinos de Gaza. Resultado: quase 45.000 mortos (setenta por cento mulheres e crianças) devido às bombas lançadas pelo poderio militar israelense auxiliado por Washington.
Negros e latino-americanos votaram em Trump? Muitos. Estes nasceram lá, os pais, avós, bisavós também e se consideram genuínos cidadãos norte-americanos tanto quanto as famílias originárias de lá. Já não se consideram imigrantes ilegais. E também porque a ideologia da extrema-direita está novamente se alastrando pelo planeta pós-guerra mundial (1939-1945). E Donald Trump é considerado um de seus líderes.
É sabido que o Partido Republicano não é tão favorável às guerras externas (como o Democrata é) e pode ser que Trump mexa nas pedras do tabuleiro que envolve Ucrânia X Rússia e Israel X Gaza, o que o governo Biden não fez e Kamala Harris estava indecisa se faria. Se isto acontecer, Trump será perdoado de alguns de seus pecados.
O Partido Democrata, embora tenha como adeptos os maiores intelectuais progressistas do maior e mais poderoso país do mundo, terá que rever seus critérios de como se ganha uma eleição.