Jogando dinheiro fora

Diversos prefeitos, Brasil afora, anunciaram a redução ou até mesmo a total retirada dos recursos públicos destinados ao carnaval.
A atitude, que rendeu aplausos e protestos, surge em meio à crise econômica que assola o país, com expectativas de agravamento. Estados e União passam por severa queda de arrecadação, diminuindo o repasse aos municípios.
As crises revelam a real dimensão dos administradores públicos, desnudando a ridícula e perversa escala de prioridades, adotada na maioria de nossos municípios. Em geral, nossos alcaides administram cercados por uma multidão de comissionados, muitos escolhidos por conveniências partidárias e até mesmo familiares.
A remuneração dos comissionados raramente é modesta, e nem todos são versados nas funções para as quais foram nomeados. À exceção de ambulâncias e veículos escolares, os carros à disposição dos administradores diferem, por mais luxuosos, daqueles que bastam ao cidadão pagador de impostos.
Faltam recursos à saúde, e sobram buracos nas ruas, avenidas e estradas rurais. Não faltam recursos a inaugurações, nem às pomposas recepções a autoridades estaduais e federais.
Alguns municípios investem, ainda, em portais e calçadões, enquanto faltam centros populares de esportes e artes, tão importantes na educação de crianças e jovens. Prefeitos, muitos, parecem surdos e omissos aos reclamos da população, atormentada pelo barulho da vizinhança e pela costumeira violência e depravação reinante em alguns botecos.
São poucos, mas ainda há prefeitos que patrocinam shows populares, com a contratação de artistas famosos. Outros patrocinam rodeios e provas de laço.
Na verdade, não existem municípios com os cofres repletos; existem municípios com prioridades não atendidas. O carnaval, salvo alguns casos em que a festa integra e fomenta a economia regional, envolve um luxo desnecessário.
Carnavalescos possuem condições de arcar com os ônus da festa, bastando adequá-los ao porte econômico do grupo. É injusto destinar recursos públicos aos festejos de Momo, enquanto cidadãos sofrem carências básicas.
Em tempos de crise, perde a autoridade para alegar qualquer falta de recursos o prefeito que patrocinar festejos. Soará estranho haver recurso público para o carnaval, enquanto munícipes buscam o Judiciário para terem acesso ao medicamento de que necessitam.
É tempo de eleger prioridades e cobrar eficiência e responsabilidade. O espírito festeiro e informal do carnaval não deve contaminar as administrações públicas.

Últimas

Casos de Dengue chegam a 209 em Itapetininga

Cidade passa de 900 casos de Dengue em três meses

Nos três primeiros meses deste ano, Itapetininga já contabilizou 914 casos de Dengue, um aumento significativo em relação ao total de 574 casos registrados em todo o ano de 2023....

Vendas de ovos de Páscoa devem aumentar apesar dos altos preços

Consumidores devem ficar atentos às compras de Páscoa

Com a Páscoa se aproximando, consumidores estão em busca dos tradicionais ovos de chocolate e demais produtos típicos da data. Porém, é importante ficar atento às práticas comerciais, alerta o...

Os sinos que cantaram a dor e a alegria já não tocam mais

Cras Itinerante estará em abril nos bairros rurais

O CRAS Itinerante leva, no mês de abril, orientações e prestações de serviços para os bairros rurais de Itapetininga. A unidade móvel orienta as pessoas sobre transferência de renda, Bolsa...

Escolinha de Esportes oferecem aulas gratuitas

Escolinha de Esportes oferecem aulas gratuitas

A prática esportiva é fundamental para o crescimento saudável de crianças e jovens, e também para os adultos se manterem saudáveis, proporcionando não apenas benefícios físicos, mas também contribuindo para...

mais lidas

Assine o Jornal e tenha acesso ilimitado

a todo conteúdo e edições do jornal mais querido de Itapetininga

Bem vindo de volta!

Faça login na sua conta abaixo


Criar nova conta!

Preencha os formulários abaixo para se cadastrar

Redefinir senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.