“A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer de seu próprio conhecimento”. Foi desta forma que o sábio Platão conclamou, com toda a propriedade a todos os povos do universo.
Naturalmente, muitas pessoas conhecem esse precioso ensinamento filosófico, mas com toda a certeza o meu estimado e já saudoso amigo conhecia. Cronista de primeira linha, escrevia semanalmente neste “Correio”, ocupando com sapiência uma coluna de categoria, utilizando amiúde seu enorme talento que possuía, inegavelmente.
Constituíam-se crônicas de imensa qualidade, que se referiam a narrações históricas, significando também comentários literários ou ocorrências cotidianas da vida. Tudo isso, além da ficção saborosa, “verdadeiros entretenimentos para o espírito”, como afirmou a professora Vera Abdala, leitora assídua do jornal “Correio de Itapetininga”. Geralmente, hoje, todos jornais mantém cronistas de alto nível, como Veríssimo, Rui Castro, Antônio contente, Macaco Simão, Rogério da Mata, Marcelo Rubens Paiva, Ignácio de Loyola, Milton Hantun, Moacir Werneck e outros de grande gabarito.
Destacado como um dos melhores cronistas da região Benedito Madaleno Mendes ilustrou com capacidade seu trabalho no” Correio” desde o seu lançamento, ou seja, há doze anos e meio.
Pessoa de alma generosa, popular e trazendo em essência o amor, amizade e respeito, transformava suas apreciadas crônicas em um bálsamo de alegria e reflexão para os leitores.
Madaleno, antes de cronista, já era um poeta espetacular. Poesias de todas as métricas, ou sem métrica. Picantes ou românticas, políticas ou satírica, eróticas ou céticas. Ganhou dezenas de prêmios por todo o estado de São Paulo com seus versos. Dois livros lançados e várias participações em antologias poéticas. Tinha, no momento, mais dois projetos de lançamento de livros, um de poesia e outro com as crônicas publicadas no Correio.
Benedito Madaleno Mendes faleceu aos 63 anos, neste último sábado, 26 de agosto. Filho de João Mendes e Vitória Augusta Leite Mendes, além de quatro filhos. Sua última crônica “Sumida”, clamava pela sua amada que hora desaparecida. Provavelmente Madaleno agora, no reino celeste, onde, sorrindo, a encontrará.
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